16 fev, 2022 - 12:18 • Olímpia Mairos
O presidente do Conselho das Conferências Episcopais Europeias (CCEE), D. Gintaras Linas Grušas, considera que “hoje, mais do que nunca, é urgente a intervenção conjunta de todos os chefes de Governo para evitar a guerra e defender o direito internacional, a independência e a soberania territorial de cada país".
Em entrevista à agência de notícias SIR, o também arcebispo de Vilnius associa-se ao pedido do Papa e exorta os governantes a encontrarem “soluções aceitáveis e duradouras na Ucrânia”, numa altura em que as diplomacias mundiais procuram uma possível via de diálogo para impedir o uso de armas.
"Acredito que a atual crise na fronteira entre a Rússia e a Ucrânia é a crise mais perigosa na Europa desde o fim da Guerra Fria", alerta o arcebispo lituano.
Vaticano
No fim do seu encontro com os peregrinos presentes(...)
Segundo o presidente do CCEE, “não podemos considerar tal conflito limitado apenas aos dois povos que estão nesse cenário” uma vez que “diz respeito a toda a Europa, começando pelos países mais próximos”.
“Cada conflito, cada guerra traz sofrimento, destruição e pobreza, juntamente com mortes e ferimentos”, enfatiza, lembrando que, por exemplo, na Lituânia “há muitos idosos que sobreviveram à Segunda Guerra Mundial que se lembram do quanto viveram na própria pele”.
Os bispos lituanos pediram a todas as pessoas na Lituânia que rezassem o terço todos os dias de fevereiro pela paz na Europa e no mundo.
“Não podemos ficar indiferentes às contínuas tentativas de desestabilização e destruição que ameaçam a unidade do nosso continente”, refere o presidente do CCEE, recordando que no final de 2021, se assistiu à concentração de migrantes nas fronteiras da Bielorrússia com a Polónia, Lituânia e Letónia que “usaram como escudos humanos para desestabilizar a situação no que foi chamado de nova guerra híbrida”.
“Assistimos agora a uma escalada de tensão na fronteira entre a Rússia e a Ucrânia por razões geopolíticas e económicas. Uma 'linha dura de dissuasão' deve ser mantida. Enquanto os países europeus permanecerem unidos, acho que a dissuasão funcionará”, entende o arcebispo.
Europeus e norte-americanos continuam à espera de (...)