21 fev, 2022 - 12:14 • Olímpia Mairos
O Santuário de Fátima vai promover ao longo desta semana uma corrente de oração pela Paz na Ucrânia. A iniciativa surge na sequência do apelo feito, no domingo, pelo cardeal D. António Marto.
“Deste Santuário da Paz faço um apelo a vós aqui presentes e a todos os católicos do país para iniciarem uma corrente de oração do rosário nesta semana, em forma individual, familiar ou comunitária, pela paz na Ucrânia”, afirmou o administrador Apostólico da diocese de Leiria-Fátima, durante a celebração da eucaristia da Festa dos santos Pastorinhos de Fátima.
Já esta segunda-feira, o padre Carlos Cabecinhas, “face a este apelo concreto, na fidelidade ao que é próprio deste Santuário”, pediu a todos os capelães que “façam explícita referência a esta intenção na oração do terço, ao longo de toda esta semana: seja o terço das 12h00, seja o das 21h30”, recordando que “a oração pela Paz faz parte da mensagem de Fátima e é prática diária do Santuário”.
A intenção será igualmente lembrada aos sacerdotes que presidem ao terço das 18h30, que é transmitido pelos órgãos de comunicação social, nomeadamente pela Renascença.
A celebração deste domingo assinalou a solenidade (...)
D. António Marto juntou ontem a sua voz à do Papa lembrando as dificuldades que o mundo atravessa.
“No difícil contexto atual que o mundo conhece e atravessa, após longo período de fragilidades, feridas, incertezas, luto e medos em que paira uma ameaça de guerra, é necessário despertar da indiferença, da apatia, do cansaço espiritual, do desânimo que pode levar ao fatalismo”, defendeu o prelado, destacando que “diante das dificuldades é a força da humildade que pode transformar o mundo”.
“Por vezes somos levados a pensar que só os poderosos (os poderes económico-financeiros e políticos) podem transformar o mundo. Mas Deus conta com os pequenos e os humildes, com a força de fá na sua misericórdia, com o testemunho da conversão e da compaixão, com a força da oração para renovar o mundo”, disse D. António Marto.
O cardeal explicitou, depois, que “somos chamados a olhar o futuro com confiança, reconstruindo as relações entre as pessoas e os povos, como bons samaritanos que cuidam dos feridos e ajudam a curar as feridas do nosso tempo”.