24 fev, 2022 - 14:23 • Henrique Cunha , Rosário Silva
A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) está a acompanhar há vários dias, e em permanência, a situação do conflito da Rússia com a Ucrânia, garante a diretora do secretariado português da organização.
“Nós temos estado em contato quase permanente, diria, com a Igreja local, nestes últimos tempos. Tivemos uma primeira conversa com o arcebispo da Igreja greco-católica ucraniana e, esta semana, estivemos com o arcebispo de Lviv que passou pela fundação AIS, no inicio da semana”, diz à Renascença Catarina Martins de Bettencourt.
De acordo com esta responsável, há vários dias que se verifica a fuga de muitas pessoas, sobretudo das zonas de Donetsk e Lugansk, que estão a pedir ajuda à Igreja.
“Muitas pessoas estão a fugir daquelas duas regiões e a pedir ajuda à Igreja, pois as igrejas estão disponíveis para receber e acolher os que necessitarem”, podendo também “dar aquela ajuda de emergência, quer seja ao nível da saúde, quer da alimentação que poderá ser essencial”, conta a presidente da AIS em Portugal.
Sobre a conversa que manteve com o arcebispo metropolitano católico latino de Lviv, Catarina Martins de Bettencourt, destaca a enorme preocupação manifestada pelo responsável católico pela situação que se está a viver.
“Ele dizia que, de facto, já havia pessoas a fugir e que já estavam a chegar à zona Oeste da Ucrânia, mas neste momento, estamos a aguardar por informações mais precisas”, uma vez que, segundo relatos, “é de esperar que existam já bastantes refugiados provenientes das zonas de maior conflito”.
Acresce ainda uma significativa inquietação, perante o facto de muitos idosos não estarem a conseguir receber as suas reformas, em particular nas duas regiões que a Rússia reconheceu como independentes, situação que se verifica há alguns dias.
“O arcebispo falava já de uma situação dramática que estava a acontecer nestas regiões, onde as pessoas mais idosas, por exemplo já não estavam a conseguir receber as suas reformas e a implicação que isso já estava a ter ao nível da sua sobrevivência”, afirma.
A responsável assegura que a “Igreja local está a ajudar estas pessoas que são mais fragilizadas pela sua dependência dessa reforma que, só por si, já é muito pequena”.
“Não conseguir receber esta pequena reforma por causa deste clima de guerra que se estava a cozinhar é dramático”, reforça Catarina Martins de Bettencourt.
Em Portugal, a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre está preparada, caso seja necessário, para disponibilizar toda a ajuda que for necessária e solicitada pela Igreja ucraniana.
“Tal como temos estado ao lado, desde sempre, da Igreja ucraniana, neste momento, não poderia ser de outra forma. Temos de estar disponíveis. A Igreja nos dirá o que é necessário e nós daremos essa ajuda de imediato, como é óbvio”, conclui a diretora do secretariado português da AIS.
Face à enorme incerteza sobre a evolução dos acont(...)
Acresce ainda uma significativa inquietação, perante o facto de muitos idosos não estarem a conseguir receber as suas reformas, em particular nas duas regiões que a Rússia reconheceu como independentes, situação que se verifica há alguns dias.
“O arcebispo falava já de uma situação dramática que estava a acontecer nestas regiões, onde as pessoas mais idosas, por exemplo já não estavam a conseguir receber as suas reformas e a implicação que isso já estava a ter ao nível da sua sobrevivência”, afirma.
A responsável assegura que a “Igreja local está a ajudar estas pessoas que são mais fragilizadas pela sua dependência dessa reforma que, só por si, já é muito pequena”.
“Não conseguir receber esta pequena reforma por causa deste clima de guerra que se estava a cozinhar é dramático”, reforça Catarina Martins de Bettencourt.
Em Portugal, a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre está preparada, caso seja necessário, para disponibilizar toda a ajuda que for necessária e solicitada pela Igreja ucraniana.
“Tal como temos estado ao lado, desde sempre, da Igreja ucraniana, neste momento, não poderia ser de outra forma. Temos de estar disponíveis. A Igreja nos dirá o que é necessário e nós daremos essa ajuda de imediato, como é óbvio”, conclui a diretora do secretariado português da AIS.