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Arquidiocese de Évora destina renúncia quaresmal às Igrejas da Ucrânia

02 mar, 2022 - 16:29 • Rosário Silva

Na mensagem dirigida à diocese e divulgada nesta quarta-feira de cinzas, D. Francisco Senra Coelho reflete sobre a Quaresma, sublinhando que se trata de uma proposta que não é “obsoleta, caduca nem arqueológica”.

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O arcebispo de Évora anunciou oficialmente, esta quarta-feira, na sua mensagem para a Quaresma, que o produto da renúncia quaresmal de 2022, destina-se “às Caritas das Igrejas Latina e Grega Católicas da Ucrânia”.

Apesar de reconhecer as dificuldades em que vivem, “nesta conjuntura”, as populações da arquidiocese, D. Francisco Senra Coelho lembra que “o sofrimento que o povo ucraniano experimenta nesta hora da sua história, golpeia os nossos corações e faz-nos olhar mais para eles do que para nós”.

Por isso mesmo, anuncia que o destino “da nossa Renúncia Quaresmal deste ano” destina-se “às Caritas das Igrejas Latina e Grega Católicas da Ucrânia”, lê-se na mensagem enviada à Renascença.

“Repartiremos com eles aquilo que o Senhor na Sua infinita bondade nos oferece e pela nossa partilha com o povo ucraniano, ainda que pequena como um grão de mostarda, multiplicar-se-á para eles cem por um em utilidade, e para nós em Luz e Alegria”, escreve, o prelado.

Como já é hábito, esta missão é entregue “com gratidão pelos anos já executados”, à Caritas diocesana, devendo os párocos endereçar as ofertas das suas paróquias ao Instituto Diocesano Eborense (IDE), serviço central da arquidiocese, “com a brevidade possível, pois as necessidades revestem-se de grande urgência”.


Como já é hábito, esta missão é entregue “com gratidão pelos anos já executados”, à Caritas diocesana, devendo os párocos endereçar as ofertas das suas paróquias ao Instituto Diocesano Eborense (IDE), serviço central da arquidiocese, “com a brevidade possível, pois as necessidades revestem-se de grande urgência”.

Na reflexão que faz “A caminho da Páscoa 2022”, D. Francisco recorda aos cristãos que “a Quaresma não é uma proposta obsoleta, caduca, e arqueológica de práticas espirituais e ascéticas de outras e para outras épocas”, mas sim, um “tempo favorável” que Deus oferece para que “experimentemos de modo mais vivo e comprometido o mistério pascal de Cristo”.

Segundo o prelado, este “tempo santo” assenta, sobretudo, na ação purificadora e santificadora do Senhor” através de “obras penitenciais” que fazem da Igreja uma comunidade pascal, porque se entra pelo sacramento do batismo.

“Ela é chamada a exprimir com uma vida de contínua conversão o sacramento que a gera. Por isso, a Quaresma é o tempo da grande convocatória de todo o Povo de Deus, para que se deixe purificar e santificar pelo seu Senhor e Salvador”, escreve, D. Francisco Senra Coelho.

Para se poder viver de forma consciente o período quaresmal, o arcebispo de Évora refere que a penitência quaresmal “não pode ser só interior e individual, mas tem que se assumir também externa, comunitária e social”, onde a partilha solidária com os mais necessitados assume grande relevância.

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