10 mar, 2022 - 07:45 • José Pedro Frazão , enviado especial da Renascença à Ucrânia
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Qual a principal mensagem do Papa Francisco para a Ucrânia?
O Papa reza para que a paz venha até nós, para que as pessoas não tenham que abandonar as suas casas e para que possam regressar aos lugares onde pertencem.
Encontra-se aqui já há algum tempo, quais são a suas impressões até ao momento?
É um tempo de grande tragédia. Existe muita solidariedade, amor e bondade. Todo o mundo quer ajudar a Ucrânia. Neste momento, de um lado, temos a guerra cruel e, do outro, as características mais belas do ser humano como a bondade.
O que é que a Santa Sé pode fazer mais para alcançar a paz e para que as partes dialoguem?
A fé move montanhas. Sempre que Jesus fazia qualquer milagre, exigia fé. Então se realmente temos fé, nós também - com a nossa oração, jejum e as nossas dádivas - podemos parar esta guerra.
Pensa que há espaço para o diálogo?
Para o diálogo há sempre tempo e é sempre o momento certo. Mas também deve haver, por parte do outro ser humano, uma vontade para ouvir o que se tem a dizer… e não apenas agir de acordo com a sua própria mentalidade. Diálogo significa ouvir o outro.
Planeia reunir-se com os irmãos ortodoxos tendo em vista este diálogo?
Em nome do Santo Padre telefonei a todos os bispos da Ucrânia, incluindo os greco- católicos, ortodoxos, e aqueles ortodoxos dependentes de Moscovo. Convidei-os para a Oração pela Paz, esta quinta-feira às 12h00.
Qual o resto da sua agenda?
A Presença é o primeiro nome do Amor. O Papa Francisco quis assim estar presente aqui e mandou-me como seu enviado. Vou onde me for permitido e onde for convidado. Se quero ir a Kiev? Se for possível, sim.
O que podem os católicos portugueses fazer para ajudar a Ucrânia?
Os portugueses conhecem bem o valor da oração. Que ofereçam então a sua oração, jejum e esmola.
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