14 mar, 2022 - 08:46 • Olímpia Mairos
O bispo de Pemba, em Moçambique, D. António Juliasse apela ao mundo que “não esqueça Cabo Delgado”.
Segundo o prelado, nomeado bispo de Pemba pelo Papa Francisco, no dia 8 de março, “a violência terrorista continua a ter os seus efeitos em Cabo Delgado e a crise humanitária ainda está presente”.
“Infelizmente, a situação não é muito visualizada nos últimos momentos e divulgada com a mesma intensidade como foi há algum tempo atrás, mas o sofrimento do povo de Cabo Delgado ainda continua”, alerta D. António Juliasse, em mensagem enviada para a Fundação AIS.
D. Juliasse recorda que os campos de deslocados acolhem milhares de “pessoas necessitadas”, e que muitas “não conseguem ter o alimento diário”, além de terem necessidades também ao nível da “assistência médica e medicamentosa”.
Neste contexto, o bispo apela à solidariedade de todos para com a região tão empobrecida de Moçambique.
“Renovo o apelo para que o mundo não esqueça Cabo Delgado e não esqueça o sofrimento que há, porque se nos esquecermos isso será grave, [pois] há imensa gente ainda dependente das ajudas que chegam de todo o lado, e, portanto, é preciso ainda continuar a salvar as vidas nestas condições de extrema pobreza”, disse.
Na mensagem gravada, D. António Juliasse fala ainda em “profunda gratidão” ao Santo Padre, lembrando que ele “está atento ao que está a acontecer” em Moçambique, assim como “às necessidades da Igreja Católica” neste país africano de língua portuguesa.
O bispo destaca também uma “atenção especial de comunhão e proximidade do Papa Francisco com as peculiaridades da Igreja diocesana de Pemba, Cabo Delgado, que passa por momentos difíceis causados pela violência do terrorismo”.