14 mar, 2022 - 11:25 • Olímpia Mairos
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O Conselho das Igrejas e Organizações Religiosas da Ucrânia apela à “criação de uma zona de exclusão aérea no país”, para travar os ataques russos, ao mesmo tempo que reclama uma resposta aos “desastres humanitários” que acontecem em muitas cidades ucranianas.
Em comunicado, o organismo defende que “não há nada mais valioso do que a vida humana” e, por isso, insta os “líderes mundiais, estados membros da OSCE, UE e OTAN a tomar medidas urgentes para introduzir uma zona de exclusão aérea sobre o território da Ucrânia ou fornecer ao exército ucraniano sistemas modernos de defesa aérea e jatos de combate que possam proteger os civis ucranianos dos bombardeamentos regulares e ataques de mísseis pelos invasores russos”.
Os líderes religiosos apelam também a Vladimir Putin, às organizações internacionais, hierarquias da Igreja e figuras religiosas dos povos da Rússia para que “tomem medidas urgentes” com vista a “organizar corredores humanitários para a evacuação de cidadãos das cidades ucranianas, de áreas onde as hostilidades ativas continuam”.
“Para evitar qualquer provocação, a evacuação da população civil por corredores humanitários pode ser realizada por voluntários civis e ministros de Igrejas e organizações religiosas, acompanhados por policiais ucranianos ou sem sua participação”, indicam, solicitando ainda a “troca imediata de prisioneiros de guerra entre a Rússia e a Ucrânia”.
“Mesmo em tempos de grandes reviravoltas, guerras e disputas, não devemos esquecer a humanidade e a misericórdia. Cada um de nós deve fazer todo o possível para preservar a vida humana e estabelecer a paz através de negociações”, defendem os líderes religiosos.
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Segundo o Conselho das Igrejas e Organizações Religiosas, “milhões de civis de diferentes nacionalidades e credos, que viveram pacificamente na Ucrânia, estão a enfrentar uma catástrofe humanitária causada pela invasão militar russa, ataques aéreos e de mísseis em áreas residenciais, armazéns de alimentos, hospitais, maternidades, escolas e outras instalações de infraestruturas críticas em cidades ucranianas”.
Os líderes religiosos denunciam a morte de crianças, a destruição de mais de 200 escolas, 30 hospitais e 1.500 edifícios residenciais, incluindo prédios de apartamentos.
Referem ainda que centenas de milhares de civis foram cercados por tropas russas na região de Kiev Mariupol e Volnovakha na região de Donetsk, e ficaram sem comida, água, cuidados médicos e outros meios de subsistência.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia. A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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