14 mar, 2022 - 21:55 • Henrique Cunha
Um líder extraordinário com uma ação prodigiosa. É desta forma que o Bispo do Porto aprecia o pontificado de Francisco, eleito Papa há nove anos.
"Está a ser o grande líder que conduz o mundo”, disse D. Manuel Linda durante a homilia, no Te Deum pela eleição de Francisco. D. Manuel Linda lembrou a guerra incompreensível que a Europa está a viver e fala do Papa “como “o grande piloto que neste momento conduz o mundo”.
O Bispo diz que “os mares agitados” que estamos a atravessar “reclamam pilotos experientes”, pois “quanto mais são altaneiras as vagas e mais perigos correm os navios, mais se reclama um piloto que saiba aquilo que faz”. “E o grande piloto que neste momento conduz o mundo nesta travessia agigantada de ondas alterosas dos tempos está a ser o Papa Francisco”, afirma. O bispo garante que “não têm aparecido outros líderes capazes de o suplantar”, apesar de evidentemente haver “pessoas absolutamente generosas e pessoas absolutamente boas”. Contudo, na perspectiva de D. Manuel Linda “com esta dimensão de universalidade porventura não teremos muitos iguais ao Papa Francisco”.
O Bispo diz que “no interior da Igreja, o Papa tem desenvolvido uma ação purificadora e “poderia chamar ao Papa Francisco - usando uma expressão bíblica que São João, o Baptista usou pela primeira vez - uma pá joeirar”, que “é um utensilio que no mundo da agricultura se usava para limpar o grão das impurezas que muitas vezes depois da debulha ainda acompanhariam esse grão”. “De facto, renovação, refontalização, reforma, podem ser as expressões que mais caracterizam esta continua vigilância do Papa Francisco no interior da nossa Igreja, para que também ela deixe de lado estas impurezas que o pó da história foi acumulando ao lado de tantas coisas”, constata.
Francisco recebeu em audiência uma associação ital(...)
O prelado garante que todos sabemos bem como é que ele concebe a Igreja que formamos para ser mais luminosa e para que o seu rosto espelhe a verdade do Deus em que acreditamos”. “Uma Igreja mais missionária, menos instalada e que vá ao encontro de todos, particularmente daqueles que já estiveram no interior da nossa igreja e que agora porventura se situam no seu exterior”, assinala.
Por outro lado, o bispo defende que o Papa quer também “uma Igreja mais espiritual, mais mistério e porventura menos organização, embora a organização seja inerente à constituição deste grande corpo que todos formamos”, ou seja “uma Igreja mais santa”.
Por isso, D. Manuel Linda pede que seja possível à Igreja e ao mundo continuarem a beneficiar do trabalho do Papa: “Que Deus lhe mantenha esta força, força anímica, a força da fé, e inclusivamente a força da saúde física, para que a Igreja e o mundo beneficiem deste extraordinário líder que no seguimento dos seus antecessores tem feito uma acção prodigiosa para que a Igreja seja mais fiel à vontade do seu salvador e o nosso mundo também seja mais fiel à dimensão humana que há-de caracterizar todos nós que aqui vivemos, que aqui assentamos os pés nesta terra”, pediu.
"E por isso sabemos bem como é que ele concebe a Igreja que formamos para ser mais luminosa e para que o seu rosto espelhe a verdade do Deus em que acreditamos. Uma Igreja mais missionária, menos instalada e que vá ao encontro de todos, particularmente daqueles que já estiveram no interior da nossa igreja e que agora porventura se situam no seu exterior. E esta é a atividade missionária. Depois uma Igreja mais espiritual, mais mistério e porventura menos organização, embora a organização seja inerente à constituição deste grande corpo que todos formamos. Corpo mistico de Cristo", rematou o Bispo do Porto.