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Igreja da Ucrânia agradece ao Papa

16 mar, 2022 - 10:49 • Ângela Roque

Anúncio da Consagração da Ucrânia e da Rússia a Maria foi saudada pelos arcebispos de Kiev e Lviv, que agradecem resposta rápida do Papa ao pedido que lhe tinham feito. A Consagração vai decorrer a 25 de março em simultâneo na Basílica de São Pedro, no Vaticano, e na Capelinha das Aparições, em Fátima.

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“Recebemos com esperança a notícia que nos foi comunicada pela Sé Apostólica de que em 25 de março, durante a Celebração da Penitência na Basílica de São Pedro, o Santo Padre consagrará a Rússia e a Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria”, afirmou o metropolita da Igreja Greco-Católica Ucraniana e arcebispo de Kiev.

“É um ato espiritual há muito esperado pelo povo ucraniano. Os católicos ucranianos desde o início da agressão russa, em 2014, pediram este ato como uma necessidade urgente para evitar o agravamento da guerra e os perigos vindos da Rússia”, afirmou D. Sviatoslav Shevchuk, citado pelo Vatican News.

Para o arcebispo de Kiev, o contexto atual mostra bem a atualidade da mensagem de Fátima. “Hoje vemos o cumprimento das palavras de Nossa Senhora que disse ‘os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão destruídas’ “, lembrou, agradecendo ao Papa “por ter, antes de tudo, acolhido o pedido de Nossa Senhora manifestado durante a aparição de 13 de julho de 1917”.

Também o arcebispo latino de Lviv agradeceu o ato de Consagração, marcado para a próxima semana, e que será preparado com uma novena, com início já esta quinta-feira, 17 de março.

"Neste período difícil da guerra na Ucrânia, os bispos da Conferência Episcopal Latina na Ucrânia escreveram uma carta ao Santo Padre, o Papa Francisco, pedindo que a Rússia fosse confiada a Nossa Senhora de Fátima. Repetimos este pedido quando seu delegado, o cardeal Konrad Krajewski, veio até nós”, lembrou D. Mieczysław Mokrzycki, acrescentando: “estamos muito felizes e agradecidos” com a resposta do Papa.

Também o arcebispo de Moscovo sublinhou já o “significado simbólico” desta consagração. “O que se pede, acima de tudo, é que possamos parar o derramamento de sangue, que é sempre sangue inocente, e também que possamos iniciar uma paz duradoura”, afirmou D. Paolo Pezzi à Agência SIR, da Igreja Católica na Itália, garantindo que os bispos católicos da Rússia acolheram “com grande alegria e gratidão a decisão do Papa”.

Foi esta terça-feira, 15 de março, que a Sala de Imprensa da Santa Sé comunicou que o Santo Padre fará a consagração da Rússia e da Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria. A celebração vai decorrer em simultâneo às 16h00 (hora de Lisboa) na Basílica de São Pedro e na Capelinha das Aparições, em Fátima, onde o Santo Padre se fará representar pelo cardeal Konrad Krajewski. O cardeal, de nacionalidade polaca, esteve na última semana junto da população ucraniana, vítima da guerra, como enviado especial do Papa.

Foi também a 25 de março, mas de 1984, que o Papa São João Paulo II presidiu à Consagração do mundo ao coração de Maria, no Vaticano, diante da imagem de Nossa Senhora de Fátima, a mesma que, em 2000, colocou entre os bispos de todo o mundo, consagrando-lhe o terceiro milénio.

O testemunho dos videntes de Fátima regista que, na aparição de 13 de julho de 1917, Nossa Senhora lhes disse: “Para impedir a guerra virei pedir a consagração da Rússia ao meu Imaculado Coração e a Comunhão reparadora nos Primeiros Sábados”.

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