18 mar, 2022 - 07:16 • Olímpia Mairos
Está na Igreja da Natividade da Santíssima Virgem em Lviv. A Imagem da Virgem Peregrina de Fátima viajou desde Cova da Iria num gesto de paz e de solidariedade para com o povo ucraniano, fustigado pela guerra.
Vai permanecer em solo ucraniano até ao dia 15 de abril, mas até pode ficar mais tempo, se a Igreja ucraniana o desejar.
D. José Ornelas, bispo de Leiria-Fátima, diz que a presença da “Mensageira da Paz” vai acima de tudo dar consolação a quem está a sofrer por causa da guerra.
“A visita da Imagem Peregrina vai servir para já de consolação e sinal de esperança para as pessoas que sofrem”, diz o prelado, realçando que “a Senhora de Fátima é aquela que tem percorrido o mundo precisamente em situações destas”.
D. José Ornelas destaca que “é um sinal muito bonito de Fátima, e da presença do mundo religioso em tudo isto, para tanta gente no meio destes conflitos todos”.
“Temos visto até nas imagens que a esperança da fé é aquilo que dá força tantas vezes às pessoas”, assinala.
A imagem chegou na quinta-feira à comunidade greco-católica da cidade de Lviv, enviada pelo Santuário de Fátima a 14 de março.
Centenas de pessoas acolheram a imagem peregrina na igreja da Natividade, em Lviv, onde iniciou seu percurso pela cidade. Em comunicado, a arquidiocese ucraniana disse que os católicos vão “pedir a Deus e à Virgem Maria a paz na Ucrânia e no mundo”.
Esta é a primeira vez que a imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima é enviada para a Ucrânia.
“A Virgem Peregrina vai ao encontro das comunidades fazendo um eco da mensagem que aqui nos deixou Nossa Senhora, desde a primeira hora e, neste momento presente, é sem dúvida uma viagem muito importante, como mensageira da Paz, como mãe que convida os filhos à paz”, disse o diretor do Departamento de Liturgia do Santuário de Fátima, padre Joaquim Ganhão
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 780 mortos e 1.252 feridos, incluindo algumas dezenas de crianças, e provocou a fuga de cerca de 5,2 milhões de pessoas, entre as quais mais de 3,1 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.