23 mar, 2022 - 09:40 • Olímpia Mairos
No final da audiência desta quarta-feira, Francisco lembrou as vítimas da guerra na Ucrânia e convidou os portugueses a unirem-se ao ato de consagração da Rússia e da Ucrânia.
“Gostaria de tirar um minuto para lembrar as vítimas da guerra”, disse Francisco, realçando que “as notícias de pessoas isoladas, pessoas fugindo, mortos, feridos, muitos soldados caídos de um lado e do outro são notícias de morte”.
“Pedimos ao Senhor da vida que nos livre desta morte da guerra”, continuou o Papa, alertando que “com a guerra tudo se perde, tudo”.
“Não há vitória numa guerra, tudo é derrota”, sublinhou.
“Que o Senhor envie o seu Espírito para nos fazer entender que a guerra é uma derrota da humanidade”, prosseguiu o Papa.
Francisco disse ainda que todos precisamos de derrotar a guerra e dos libertarmos dessa “necessidade de autodestruição”.
“Rezemos para que os governos compreendam que comprar armas e fazer armas não é a solução para o problema. A solução é trabalhar pela paz e, como diz a bíblia, fazer das armas instrumentos para a paz”.
Na saudação aos polacos, o Papa sublinhou que “este ano, no caminho da penitência quaresmal, jejuamos e pedimos a paz a Deus, perturbados pela guerra na Ucrânia”.
“Na Polónia, sois testemunhas disso, acolhendo refugiados e ouvindo as suas histórias”, disse.
“Enquanto nos preparamos para viver um dia especial de oração, na solenidade da Anunciação do Senhor, pedimos a Deus que alivie os corações dos nossos irmãos e irmãs da crueldade da guerra”, disse, fazendo votos que “o ato de consagração dos povos ao Imaculado Coração traga paz ao mundo inteiro”.
Pouco antes, na saudação aos fiéis de língua portuguesa, o Santo Padre convidou-os a unirem-se ato de consagração da Rússia e da Ucrânia.
“Caros peregrinos de língua portuguesa, convido-vos a unir-vos a mim e aos meus irmãos bispos no ato de consagração ao Imaculado Coração de Maria, no próximo dia 25 de março, pedindo confiadamente ao Senhor pela intercessão da Senhora de Fátima o dom da paz”.
Francisco convidou ainda os participantes na audiência desta quarta-feira, na Sala Paulo VI, a rezarem “juntos a Nossa Senhora” e, de seguida, foi recitada a Ave Maria.