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É preciso deixar Deus falar pelos reclusos, diz coordenador da pastoral penitenciária

03 abr, 2022 - 00:41 • Teresa Paula Costa

Encontro Nacional lançou as bases para uma consciência sinodal nas prisões portuguesas.

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Levar o Sínodo às prisões é o grande desafio que o encontro nacional da pastoral penitenciária lançou para o futuro próximo. Ao longo de dois dias, mais de seis dezenas de agentes da pastoral penitenciária praticaram a escuta e o diálogo entre si, num encontro que decorreu nesta sexta-feira e sábado em Fátima.

Em declarações à Renascença, o coordenador nacional da pastoral penitenciária disse que, muitas vezes, "as contingências culturais e o exercício do quotidiano fazem-nos presumir conhecer aquilo de que os outros precisam."

E isso, refere o padre José Luís Gonçalves da Costa, conduz a "um paternalismo que não é consciente nem é assumido, mas que retira espaço para que o outro se expresse". Ou seja, "deixamos de escutar Deus que fala pela boca, pela vida do pobre e do recluso", lamenta o sacerdote.

Considerando que "é fácil presumir", acrescenta que "a dada altura deixamos que seja o nosso 'eu' a determinar o que deve ser feito e como deve ser feito."

Com este encontro da pastoral penitenciária, o sacerdote pensa que haverá uma mudança de atitude por parte dos agentes católicos nas prisões.

No encontro também se constatou que "existem membros de outras religiões e confissões cristãs (muçulmanos, hindus, evangélicos), nas prisões, mas não há relação nem trabalho em rede". Reconhecendo a riqueza das diversas religiões na prisão, o grupo propôs criar um evento comum que congregue todas as confissões religiosas.

O encontro concluiu ainda que é importante conseguir a participação ativa dos reclusos nas celebrações, envolvendo o corpo prisional e a comunidade, tendo sido proposta a criação do Dia do Recluso para dar visibilidade a quem está atrás das grades.

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  • qwerty
    03 abr, 2022 kisb 10:56
    Ao cuidado deste coordenador: Pelo que a RR escreve Vexa parece pateta. Eu creio que tem que se falar de Deus aos reclusos. Até parece que Deus de nada sabe.

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