12 abr, 2022 - 14:19 • Ana Lisboa
Na mensagem para esta Páscoa, o administrador diocesano de Setúbal pede que se reze pela chegada de um novo bispo.
O padre José Lobato refere que "além da missa pela eleição do bispo que o Missal Romano nos oferece, recorremos à edição de uma pagela com uma oração para rezarmos individualmente, em família, em reuniões e noutras circunstâncias. Há também uma prece para a oração dos fiéis para rezarmos em cada missa, sobretudo aos domingos".
Diz ainda que "nestas e noutras orações, pretendemos confiar a Deus a escolha do nosso novo bispo e, para nós, pedimos ao Espírito Santo os dons da esperança, da alegria e da disponibilidade para acolhermos filialmente o nosso novo bispo e com ele continuarmos a trabalhar para a unidade e a missão desta Igreja que peregrina em terras de Setúbal".
Em seu entender, "apesar desta contrariedade, não deixámos de ser Igreja convocada, unida e reunida na comunhão com a Santíssima Trindade, alimentados com a Palavra e os Sacramentos e enviados em missão, ou seja, Igreja Pascal, isto é, comunidade de discípulos que veem e vivem Cristo e O mostram Vivo ao mundo".
Aguardando a chegada de um novo bispo, afirma ainda o padre Lobato: "não deixámos de estar em tempo sinodal, convocados pelo Santo Padre e pelo nosso anterior Bispo. Não esquecemos as grandes preocupações pastorais que vêm acalentando o nosso ser e o nosso agir de Igreja diocesana, particularmente os jovens e as próximas Jornadas Mundiais da Juventude, assim como a proteção às pessoas mais frágeis e vulneráveis, sem esquecer a pastoral social, a família, as vocações, etc”.
Na sua mensagem para esta Páscoa, o administrador da diocese de Setúbal aproveita para lembrar palavras de S. João Paulo II que, diz, "deixou um apelo muito sugestivo para o tempo presente". E cita: "Sigamos em frente com esperança! Diante da Igreja abre-se um novo milénio como um vasto oceano onde aventurar-se com a ajuda de Cristo".
Para o padre José Lobato, as "crises económicas, a pandemia, a guerra, com as dificuldades, os sofrimentos e as mortes que têm gerado, marcam já uma pequena parte do tal 'vasto oceano' ainda há pouco iniciado".
E, acrescenta, "no entanto, vamos celebrar a Páscoa, a Vida, o Amor, a Alegria!”
Em seu entender, "não podemos fazê-lo na superficialidade das emoções, nem na insensibilidade às dores e carências dos que, mais perto ou mais longe de nós, são nossos irmãos".
O sacerdote afirma que "celebraremos a Páscoa com Cristo morto, mas ressuscitado; vítima de atrocidades, mas obediente ao Amor misericordioso do Pai que a todos quer salvar; reduzido a um malfeitor crucificado, mas abraçando na cruz todos os maltratados; aparentemente derrotado, mas verdadeiramente vencedor. O único vencedor!”
Nesta mensagem de Páscoa, o administrador diocesano sublinha que "perante dificuldades e receios, facilmente caímos em desespero, ficamos paralisados, ou procuramos alternativas que nos façam esquecer o que se passa em volta. E também nós, cristãos, corremos o risco de celebrar as nossas solenidades litúrgicas, se não de costas voltadas para a realidade, pelo menos colocando esta na sua expressão mais dolorosa, em 'pausa' ".