Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Guerra na Ucrânia. D. Carlos Azevedo critica UE por enviar armas

20 abr, 2022 - 16:15 • Henrique Cunha

O delegado do Conselho Pontifício para a Cultura, considera que o Papa só deve deslocar-se a Kiev, se tal “for útil para o bem da paz".

A+ / A-

O bispo português D. Carlos Azevedo lamenta que a “comunidade europeia tenha aumentado o armamento para responder” ao conflito na Ucrânia.

Em declarações à Renascença, o delegado, no Vaticano, do Conselho Pontifício para a Cultura, insiste na necessidade de se continuar a apostar nas vias do diálogo.

“Há que continuar, porque nós acreditamos na força da oração e da diplomacia como caminho para a paz, e não da guerra contra a guerra”, refere.

“Lamentamos que a comunidade europeia tenha aumentado o armamento para responder, porque não é assim que se responde”, sublinha.

À margem da apresentação de um livro da sua autoria, com a obra completa da escultora Irene Vilar, D. Carlos Azevedo afirmou ainda que se “responde a estes problemas enfrentando as questões que existem”, e adiantou que “é preciso que a humanidade possa enfrentar os problemas através do diálogo, sendo capaz de se sentar".

O delegado do Conselho Pontifício para a Cultura afirma que "o Papa só vai (a Kiev), se isso for útil para o bem da paz", sublinhando que "os gestos têm que ser medidos na sua eficácia".

“Eu vejo que neste momento e dada a situação, o Papa só vai se isso for favorável à paz, pois se entender que isso vai causar mais incomodo às pessoas, não vai só porque era bonito que fosse”, acrescenta.

D. Carlos Azevedo refere que “as insistências que tem havido estão a ser equacionadas” e recorda que “o Papa já disse que estava disposto a ir a Kiev, se isso for útil para o bem da paz”, mas reforça que é preciso “ponderar e os gestos têm que ser medidos na sua eficácia, até porque pode ser contraproducente, tendo em mente a outra parte".

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Francisco Sousa
    06 dez, 2022 Praia da Vitória 14:16
    Este senhor bispo é muito inteligente...!!! Entende que os ucranianos devem ficar entregues à sua sorte às mãos do Putin. Acha o senhor bispo que os ucranianos devem morrer à mingua??!! Uma sugestão: porque é que o senhor bispo não deixa o conforto dos seus aposentos no Vaticano e não vai fazer uma experiência pastoral na Ucrânia???
  • EU
    20 abr, 2022 PORTUGAL 18:38
    Como pode a " Oração " evitar que o COVARDE recue se o objetivo é a DESTRUIÇÃO? Seja AQUI, seja noutro local. Só quem não ouviu o zunir nocturno é que pode acreditar no IMPOSSÍVEL. Imaginem ser atacados por um enxame de abelhas, ou outro tipo de enxame. Imaginem só. As imagens dizem-nos TUDO.
  • Joaquim Pinho
    20 abr, 2022 Vila de Cucujães - Oliveira de Azeméis 17:30
    Este Senhor bispo, D. Carlos Azevedo, deve andar muito equivocado com estas questões. A União Europeia, além de ter muitas culpas no cartório, está também em déficit no que respeita às armas, não por belicismo, mas por uma questão de solidariedade na legítima defesa de um país da Europa que se libertou dos autocratas marxistas-leninistas e agora se vê invadido e destruído por autocratas capitalistas selvagens que põe em risco a humanidade inteira. Por isso é justo e é um imperativo moral que a União Europeia ajude em armas a Ucrânia, enquanto não o pode fazer também por uma intervenção militar, já que o perigo é grande devido às ameças nucleares d o Sr. Putin.

Destaques V+