06 mai, 2022 - 14:00 • Aura Miguel
O Papa Francisco considera cruel e insensata a guerra na Ucrânia e apela os cristãos a reforçar o desejo de unidade.
No encontro que teve esta sexta-feira com membros da plenária do Conselho Pontifício para a Unidade dos Cristãos, o Papa referiu-se ao “novo e trágico desafio da guerra em curso na Ucrânia”.
Francisco recordou que “guerras regionais nunca faltaram desde o fim da Segunda Guerra Mundial” e também assinalou o que se passou no Ruanda, há 30 anos, e agora no Myanmar. “Mas como estão longe, não os vemos, enquanto isso está perto e nos faz reagir”, acrescentou.
“No entanto, esta guerra, cruel e sem sentido como qualquer guerra, tem uma dimensão maior e ameaça o mundo inteiro e não pode deixar de desafiar a consciência de cada cristão e de cada Igreja."
A pensar do testemunho e responsabilidade dos cristãos, o Santo Padre convidou os presentes a interrogarem-se conjuntamente sobre “o que as Igrejas fizeram e podem fazer para contribuir para o desenvolvimento de uma comunidade mundial, capaz de criar a fraternidade a partir de povos e nações que vivem a amizade social”.
"No século passado, a consciência de que o escândalo da divisão dos cristãos teve um peso histórico na geração do mal que envenenou o mundo com dor e injustiça, levou as comunidades crentes, sob a orientação do Espírito Santo, a desejar a unidade. Hoje, diante da barbárie da guerra, este anseio de unidade deve ser alimentado novamente", rematou Francisco.