12 mai, 2022 - 23:49 • Aura Miguel
A guerra na Ucrânia e as atrocidades da violência e conflitos no mundo foram esta noite sublinhadas pelo arcebispo Edgar Peña Parra. No final da procissão das velas, esta quinta-feira em Fátima, o presidente desta peregrinação internacional de maio lamentou que “enquanto os egoísmos e os rancores explodem com frequência, como, neste nosso tempo, na violência atroz e bárbara e desumana da guerra, onde não há, nem vencedores, nem vencidos”.
O que fica são “apenas lágrimas como as da Mãe de Deus”, concluiu.
O diplomata venezuelano, número dois na hierarquia da Secretaria de Estado do Vaticano, citou o Papa Francisco para recordar que o “pranto de Deus pelas vítimas da guerra, destrói não apenas a Ucrânia; (...) destrói todos os povos envolvidos na guerra. Todos! Pois a guerra não destrói só o povo derrotado, destrói também o vencedor; destrói inclusive aqueles que a observam, com notícias superficiais, para ver quem é o vencedor, quem é o vencido”.
Por isso, concluiu Peña Parra, “em cima da mesa do nosso mundo, no banquete da humanidade, falta o vinho da fraternidade e da paz”.
Na homilia que proferiu, durante a celebração da palavra, o prelado venezuelano implorou a Nossa Senhora de Fátima “o dom da paz na Ucrânia e no mundo inteiro” e pediu-lhe também pela vida de cada sacerdote e consagrado, de cada religiosa, “de modo a que brilhe sempre o primeiro amor da sua vocação”, pediu por cada jovem e adolescente, por cada idoso e doente, por cada família e, por fim, “que acolha, cada um de nós, sob o seu manto e guarde as nossas vidas”.
O Santuário de Fátima revelou que cerca de 200 mil peregrinos participaram na oração do terço e procissão das velas que antecederam a celebração presidida pelo arcebispo Peña Parra.