18 mai, 2022 - 12:53 • Olímpia Mairos
A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) vai ajudar a reabrir o Seminário do Sagrado Coração, em Vorzel, a cerca de 30 quilómetros a leste de Kiev, na Ucrânia, que foi saqueado e danificado durante os ataques russos.
A fundação pontifícia assumiu a cobertura dos custos não só para a reabilitação do edifício como também para a compra de móveis e de equipamentos que foram roubados.
Segundo o padre Ruslan Mykhalkiv, em declarações citadas pela AIS, o seminário ficou em estado deplorável.
“Levaram tudo o que podiam. Utensílios de cozinha, máquinas de lavar roupa, computadores e aparelhos de ar condicionado. Os quartos dos seminários foram saqueados e eles levaram artigos litúrgicos, incluindo um cálice doado por São João Paulo II quando ele visitou a Ucrânia em 2001”, disse o reitor, acrescentando que mais tarde, os habitantes locais também entraram no recinto do seminário e levaram o resto, o que é compreensível, diz o reitor, uma vez que eles não tinham nada para comer.
A Fundação AIS explica que a ajuda à recuperação do seminário de Vorzel “corresponde ao compromisso que a instituição tem para com a Igreja ucraniana e que foi reafirmado pela responsável de projetos da instituição pontifícia para este país da Europa de Leste”.
“Desde o início da guerra, temos dado todo o nosso apoio à Igreja local de ambos os ritos, latino e greco-católico. Primeiro, com apoio de emergência nas zonas de guerra, e para refugiados no oeste do país. Graças aos nossos benfeitores, temos vindo a financiar os custos de transporte, veículos e as atividades extraordinárias de padres e religiosos nos territórios afetados”, explica Magda Kaczmarek.
A responsável acrescenta que “numa segunda fase, temos ajudado as paróquias e mosteiros na Ucrânia que abriram as suas portas aos refugiados, dando-lhes apoio material e espiritual. E, numa terceira fase, e dentro das nossas possibilidades, queremos ajudar a reparar os danos”.
Segundo o padre Mykhalkiv, no seminário de Vorzel, “já se iniciaram os trabalhos para a recuperação do abastecimento de água, gás e eletricidade que foram também danificados”.
“O objetivo é que tudo esteja pronto o mais depressa possível”, diz o sacerdote para que os seminaristas possam regressar em setembro.