07 jun, 2022 - 06:33 • Lusa
A ONU condenou o ataque de domingo durante uma missa na igreja católica São Francisco de Xavier, em Owo, no sudoeste da Nigéria. Morreram mais de 50 pessoas.
O coordenador humanitário da ONU na Nigéria, Matthias Schmale, declarou que a representação da organização internacional no país condena “energicamente o brutal ataque contra os fiéis da igreja católica de São Francisco. A equipa envia as mais profundas condolências às famílias e amigos que choram as vítimas deste horrível crime”.
Schmale pediu calma e que se levassem os autores perante a Justiça. Até agora, o atentado não foi reivindicado.
A UE e o Vaticano condenaram o ataque armado, que o Presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, considerou um “hediondo assassínio de fiéis”. De acordo com as autoridades locais, várias pessoas ficaram feridas.
As mesmas fontes indicaram que foram mobilizadas forças de segurança para localizar os atacantes, cujas identidades são ainda desconhecidas.
A segurança continua a ser um grande desafio no país mais populoso e maior economia de África. No entanto, o estado de Ondo tinha sido, até agora, uma região considerada relativamente pacífica, em comparação com outras zonas da Nigéria, que se debatem com a insegurança e o extremismo islâmico.
Os ataques a sítios religiosos são frequentes na Nigéria, onde as tensões por vezes se fazem sentir entre comunidades de um país, em que o sul é predominantemente cristão e o norte predominantemente muçulmano.
A essa insegurança soma-se a ameaça extremista islâmica, no nordeste do país, desde 2009, causada pelo grupo Boko Haram e, desde 2015, pela sua fação Estado Islâmico na Província da África Ocidental (Iswap, na sigla em inglês).