20 jun, 2022 - 14:00 • Ana Lisboa
A ONGD Helpo vai lançar esta tarde, pelas 16h00, o livro infantojuvenil "A aldeia que os monstros engoliram". É uma obra escrita por Maria João Venâncio, com ilustrações de Luís Cardoso.
O lançamento deste livro acontece precisamente nesta data em que se assinala o Dia Mundial do Refugiado.
Vai estar presente nesta cerimónia a ministra que tem a tutela das migrações, Ana Catarina Mendes. Vai também estar presente o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. E ainda a vereadora da Câmara Municipal de Lisboa, Laurinda Alves, que também tem o pelouro das migrações.
Participam ainda neste evento "famílias refugiadas da Ucrânia"que são apoiadas pela Helpo", informa a organização em comunicado.
A história contada no livro pode ser conhecida "pela voz da cantora moçambicana Selma Uamusse".
Haverá ainda uma "performance de músicos refugiados afegãos".
"A aldeia que os monstros engoliram” conta a história de Suzi, uma menina de 10 anos que se viu obrigada a fugir de casa, em Cabo Delgado, no norte de Moçambique, e caminhar centenas de quilómetros para escapar aos 'monstros' que atacaram a sua aldeia, na esperança de chegar a um lugar seguro".
Trata-se de um "relato baseado em histórias reais, de meninas e meninos deslocados de Cabo Delgado, que Maria João Venâncio conheceu de perto no trabalho de campo que realizou, a convite da Helpo, juntamente com o fotógrafo Luís Godinho, no norte de Moçambique", explica a organização.
O prefácio do livro foi escrito pelo secretário-geral da ONU. António Guterres considera que "este livro traz-nos um olhar desassombrado, terno e solidário sobre as muitas provações enfrentadas pelas crianças moçambicanas".
O lançamento do livro "A aldeia que os monstros engoliram" acontece num momento em que os ataques terroristas em Cabo Delgado "voltam a manifestar-se com mais intensidade e com novos registos de mortes violentas, o que tem provocado um aumento do número de pessoas deslocadas", informa a Helpo.
Esta ONGD refere que esta "dramática realidade afeta já mais de 800 mil moçambicanos, metade dos quais são crianças".
A Associação Helpo é uma Organização Não Governamental para o Desenvolvimento que desempenha a sua atividade desde 2008 em Portugal, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau, chegando, atualmente, a cerca de 57.000 crianças.
A sua atividade "centra-se na promoção do desenvolvimento através da educação e da nutrição".
"Atua em 101 focos de intervenção, através da construção de escolas, bibliotecas, creches, centros de nutrição, cantinas escolares, sistemas de aproveitamento de águas pluviais, formação comunitária, educação para a saúde, assistência e formação contínua.
A Helpo "financia estas atividades através de diversos programas, nomeadamente, Programa de Apadrinhamento de Crianças à Distância, donativos livres, projetos financiados por agências internacionais e empresas".
Para saber mais sobre a Helpo veja o site em www.helpo.pt