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Sri Lanka. Papa apela à paz e pede que não se ignore "o grito dos pobres"

10 jul, 2022 - 12:38 • Aura Miguel , Inês Braga Sampaio

Francisco une-se ao sofrimento do povo do Sri Lanka, que vive crise financeira, alimentar e política. Manifestantes invadiram residência oficial do Presidente, que mais tarde se demitiu, entre acusações de incompetência e nepotismo.

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O Papa Francisco apelou à paz no Sri Lanka, este domingo, e implorou às autoridades que não ignorem "o grito dos pobres".

No sábado, manifestantes invadiram a residência oficial do Presidente do Sri Lanka, Gotabaya Rajapaksa, que depois anunciou que se demitiria. Em causa a incapacidade do chefe de Estado em enfrentar a pior crise económica da história do país, após meses de protestos pela falta de alimentos e combustível, além de acusações de corrupção e nepotismo.

Depois da recitação do Angelus, este domingo, o Papa Francisco uniu-se "à dor do povo do Sri Lanka, que continua a sofrer os efeitos da instabilidade política e económica" daquele país.

"Juntamente com os bispos do país, renovo o meu apelo à paz, imploro aos que têm autoridade para não ignorarem o grito dos pobres e as necessidades daquela gente", apelou.

O Papa também abordou a guerra na Ucrânia, renovando a sua proximidade ao povo daquele país, "diariamente atormentado por ataques brutais que afetam a gente comum".

"Rezo por todas as famílias, especialmente pelas vítimas, pelos feridos e doentes. Rezo pelos idosos e pelas crianças. Que Deus mostre a estrada para pôr fim a esta guerra louca", declarou.

Francisco mostrou-se, ainda, preocupado com os jovens e com todos os que sofrem problemas sociais e económicos. Apelou à ajuda da comunidade internacional, com um apelo à reconciliação e ao diálogo construtivo.

No Dia mundial do Mar, o Papa deixou, ainda, uma palavra de solidariedade e apelou para que os homens do mar bloqueados em zonas de guerra possam regressar a casa.

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