12 ago, 2022 - 23:46 • Teresa Paula Costa
O bispo de Fall River, nos EUA, pediu esta sexta-feira em Fátima que os cristãos cuidem do bem comum e mantenham viva a chama da fé.
Constatando que “o que nós vemos hoje é um mundo onde se pensa muito mais no interesse pessoal, em vez de pensar no bem comum e na felicidade dos outros”, D. Edgar da Cunha lembrou que “somos responsáveis uns pelos outros e pelo bem comum”. Somos também responsáveis “por uma sociedade melhor”, acrescentou o bispo natural de Nova Fátima, no estado da Bahia, Brasil.
Os cristãos são também responsáveis “por manter viva a chama da fé, dos ensinamentos de Cristo e da Igreja”, sendo assim, “promotores da justiça e da paz”.
Todas “as orações, as nossas celebrações eucarísticas, as nossas confissões, devoções, procissões, cantos, decorações”, disse o prelado, têm como objetivo “a nossa conversão, a nossa união com Cristo”.
Para isso, é preciso ter fé. “Deus quer usar eu e você, hoje, para sermos mensageiros Dele, instrumentos Dele e agentes de uma nova evangelização”, acrescentou.
D. Edgar da Cunha apelou aos peregrinos que “não desistam, não desanimem, não percam a esperança, não percam a confiança”, pois “não importa o quão difícil seja a caminhada, ou quão ruim possa ser a situação, Deus está connosco.”
Se Deus está connosco, prosseguiu o bispo, “devemos nos comportar de acordo com essa presença”, o que “requer um comportamento que se conforma com a vontade de Deus, como fez Maria”.
Para D. Edgar da Cunha, Maria “ensina-nos a importância da generosidade”.
Ela “não pensou em si mesma”, nem “quer nada para ela”. Ela só pensa “no plano de Deus” e “quer o nosso bem, a nossa felicidade e a paz aqui na Terra”.
Os peregrinos que participaram nas celebrações da noite desta sexta-feira e nas deste sábado sábado rezam pela paz no mundo, em especial pelas “vítimas do conflito na Ucrânia”, bem como por todos os que foram afetados pela pandemia de Covid-19.
Os momentos de oração evocam ainda os que são obrigados a deixar o seu país, “fugindo da violência ou da miséria”, e por todos os refugiados que são vítimas de perseguição religiosa”.
Após a celebração da Palavra é retomada, após dois anos de interrupção, a vigília de oração animada pelos Secretariados Diocesanos de Migrações, comunidades católicas da diáspora e capelania nacional ucraniana.
As celebrações do 12 e 13 de agosto integram a peregrinação do migrante e do refugiado, no âmbito da 50.ª Semana Nacional de Migrações, que começou na segunda-feira e termina no domingo, sob o tema ‘Construir o futuro com migrantes e refugiados’, uma iniciativa da Obra Católica Portuguesa de Migrações, organismo da Conferência Episcopal Portuguesa que em 2022 completa 60 anos de existência.