29 ago, 2022 - 17:45 • Aura Miguel , em Roma
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A convite do Papa, 197 cardeais do mundo inteiro estão reunidos desde esta segunda-feira, no Vaticano, para um encontro inédito que termina amanhã com a celebração de uma missa de encerramento.
Os trabalhos realizam-se à porta fechada e incluem encontros por grupos linguísticos. A língua portuguesa, no entanto, não foi considerada língua de trabalho.
Trata-se da reunião com a mais ampla participação de cardeais realizada no pontificado de Francisco. O objetivo é aprofundar aspetos relacionados com a reforma da Cúria Romana, após a entrada em vigor, desde 5 de junho, da Constituição Apostólica “Praedicate Evangelium”.
A agenda convida os purpurados a indicarem temas e perguntas sobre diferentes aspetos relacionados com aquele documento e prevêem-se momentos de discussão em sessão plenária.
Estes dois dias são ainda uma ocasião privilegiada para todos os membros do Colégio Cardinalício trocarem ideias e se conhecerem melhor (muitos participam pela primeira vez), facto que leva os analistas a sublinharem o clima de “pré-conclave” que se respira, nestas horas, em Roma.
O Papa discursou esta segunda-feira de manhã, durante dez minutos, mas as suas palavras não foram divulgadas.
Francisco retirou-se pouco depois da abertura do encontro, para permitir aos cardeais avançarem para os respetivos grupos de trabalho.
À saída para a pausa de almoço, em breve conversa informal com a agência de notícias SIR, do episcopado italiano, o cardeal Omella, de Barcelona, afirmou que “se respira um clima sinodal e que muitas intervenções se referem ao tema da evangelização”.
Nestes dias, a imprensa especializada tem avançado outros assuntos para eventual discussão, como a reformulação do estatuto do papa emérito e uma possível mudança das regras do próprio conclave. Assuntos não confirmados oficialmente.