26 set, 2022 - 12:01 • Olímpia Mairos
O Conselho Pan-ucraniano de Igrejas e Organizações Religiosas (CPIOR), organismo que compreende 95% da comunidade religiosa da Ucrânia, apela à comunidade mundial e a todas as organizações internacionais para que contribuam para o regresso à Ucrânia de todas as vítimas da guerra.
“Apelamos à comunidade mundial e a todas as organizações internacionais, cuja tarefa é proteger os direitos das pessoas e garantir a segurança mundial, para que contribuam para o regresso das vítimas da agressão russa, prisioneiros militares, reféns civis e todos aqueles que foram levados à força para o território do país atacante ou estão detidos nos territórios temporariamente ocupados”, lê-se no comunicado citado pela agência de notícias SIR.
No documento é referido que “em meados de agosto, dos territórios ocupados do leste e do sul da Ucrânia, foram deportados mais de três milhões de cidadãos ucranianos, voluntariamente ou à força, para o território da Rússia”.
“Milhares dos nossos defensores e civis são mantidos em cativeiro pelos invasores russos. A Rússia não fornece nenhuma informação sobre o destino da maioria deles, ignorando todas as normas do direito internacional humanitário”, acrescenta o documento.
De acordo com CPIOR, muitos dos seus “compatriotas são submetidos a torturas brutais, pressões físicas e psicológicas, são mantidos em condições desumanas, muitas vezes sem água e comida”.
Trata-se - acrescentam as Igrejas - de um grave “incumprimento por parte do Estado agressor das disposições das Convenções de Genebra relativas ao tratamento de prisioneiros de guerra e civis detidos ilegalmente, bem como a ausência de um mecanismo confiável de interação com o lado russo em relação à decisão do destino futuro de categorias específicas de pessoas”.
Ao apelo do Conselho Pan-ucraniano de Igrejas e Organizações Religiosas junta-se também o comissário da Verkhovna Rada da Ucrânia para os direitos humanos, pedindo à comunidade internacional que encontre “todos os caminhos possíveis para libertar os prisioneiros”.
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