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Seminário conciliar de Braga homenageia músicos com "hino de gratidão"

13 out, 2022 - 13:22 • Isabel Pacheco

A comemorar 450 anos de história, o Seminário Conciliar de Braga homenageia os antigos seminaristas com a publicação perto de duas centenas de músicas inéditas compostas por antigos alunos ao longo do século XX.

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“Viveiro de música” dá o título à obra que reúne 180 músicas inéditas compostas por antigos seminaristas de Braga. A publicação, apresentada esta quarta-feira, serve de homenagem aos músicos, todos eles antigos alunos do Seminário Conciliar de S. Pedro e S. Paulo.

“Este é um monumento de papel aos seminários e ao seu esforço”, resume o cónego José Paulo Abreu, um dos autores da obra a par com o maestro José Abel Carriço.

“É um monumento de gratidão a quem foi formado, a quem formou e a quem, tendo sido formado, continua a trabalhar para a construção da Igreja”, explica José Paulo Abreu que destaca o contributo dos seminaristas para música litúrgica que passou a ser escrita em português após o concilio Vaticano II.

“É um hino de gratidão aos músicos que nos ajudaram a fazer esta transição do pré para o pós-concilio vaticano II. Há um trabalho ingente. São milhares de cânticos concebidos pelos músicos e, ainda, ninguém lhes tinha agradecido por nos terem ajudado a cantar em português”, remata o, também, Deão da Sé de Braga.

Para o reitor do Seminário, o Cónego Vítor Novais, a obra assinala uma marca do passado e do presente da instituição. “Esta é uma grande marca que vai ficar na história desta casa como uma componente que a continua a marcar. Porque a música não foi, mas continua a ser importante”, remata.

Parte do reportório das 180 músicas publicadas em livro é apresentado ao público em dois concertos agendados para 21 de outubro na Igreja de S. Paulo e para 13 de novembro na Cripta do Sameiro.

Congresso internacional debate em novembro as problemáticas dos seminários católicos.

A propósito dos 450 anos, o seminário Conciliar de Braga promove, em novembro, um congresso internacional dedicado às problemáticas dos seminários católicos.

A conferência tem como objetivo promover a reflexão e servir de “contributo para a igreja pensar a formação”, adianta o cónego Vitor Novais que espera que a iniciativa “aponte novos caminhos mais fecundos e mais fiéis à voz do Espírito”, conclui.

E no topo dos desafios dos seminários está a “ausência de jovens na comunidade”, reconhece o responsável.

“Há efetivamente uma grande ausência daqueles que seriam os nossos candidatos mais imediatos. Os nossos jovens estão a desaparecer das comunidades e quem não tem vida comunitária dificilmente chega ao seminário. Essa é uma das grandes questões”, admite o Cónego Vitor Novais.

“Erguendo os olhos e vendo” dá o título ao congresso que reúne, de 16 a 19 de novembro, no auditório Vita, em Braga, investigadores de Portugal, França e Itália para debaterem as problemáticas dos seminários católicos.

A conferência encerra o programa comemorativo dos 450 anos desde a criação do Seminário Conciliar de São Pedro e São Paulo que arrancou em outubro de 2021.

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