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”Chega de guerra! Calem-se as armas!”, é o grito de paz invocado pelo Papa face à ameaça do nuclear

25 out, 2022 - 16:00 • Aura Miguel

Francisco fez um intervenção no Coliseu de Roma, no encerramento da Conferência Internacional “O grito da paz”, que reuniu dezenas de líderes e representantes de várias religiões.

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O Papa declarou esta terça-feira que "a guerra é um fracasso da política e da humanidade, uma rendição vergonhosa, uma derrota diante das forças do mal” e lamentou o facto de estar “hoje, infelizmente, a acontecer o que se temia e o que nunca quisemos ouvir: isto é, que o uso de armas atómicas, que culpavelmente continuaram a ser produzidas e testadas depois de Hiroshima e Nagasaki, está agora abertamente ameaçado”.

Francisco fez um intervenção no Coliseu de Roma, no encerramento da Conferência Internacional “O grito da paz”, que reuniu dezenas de líderes e representantes de várias religiões.

“Este ano a nossa oração tornou-se um ‘grito’, porque hoje a paz é gravemente violada, ferida, espezinhada” disse o Papa. “E isto na Europa, ou seja, no continente que viveu as tragédias das duas guerras mundiais no século passado e agora estamos na terceira”, lamentou, considerando o momento que vivemos “particularmente dramático”.

O Papa apelou aos governantes “que se inclinem para ouvir com seriedade e respeito” este grito da paz que expressa “a dor e o horror da guerra, mãe de toda pobreza”.

Francisco pediu também para não nos deixemos “contaminar pela lógica perversa da guerra”, nem cair "na armadilha do ódio ao inimigo”. A única saída, é colocar “a paz no centro da visão de futuro, como objetivo central da nossa acção pessoal, social e política, em todos os níveis” e desarmar os conflitos “com a arma do diálogo”, afirmou.

No final do encontro, foi lido e assinado por todos, um Apelo de Paz, onde se proclama o fim da guerra e de todos os conflitos. “Calem-se as armas, declare-se imediatamente um cessar-fogo universal”, lê-se no Apelo. “Que se reabra o diálogo para cancelar a ameaça de armas nucleares."

O texto refere que “a humanidade deve acabar com as guerras ou será uma guerra que acabará com a humanidade” e considera urgente “reabrir imediatamente um diálogo sério sobre a não proliferação nuclear e o desmantelamento de armas nucleares”.

Comentários
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  • Cidadao
    25 out, 2022 Lisboa 20:34
    O que não deixa de ter a sua piada, é a Rússia agora que está a perder, na ansia de ganhar tempo até chegar o Inverno que irá abrandar a ofensiva ucraniana, querer a todo custo "conversações de Paz" entre ela própria, o líder da Igreja Ortodoxa, o Papa Francisco, a Alemanha, a Turquia, a França, os EUA... enfim, uma "data" de personalidades e Países, mas curiosamente, a Ucrânia não é para estar presente...! Vê-se logo que tipo de "conversações de Paz", seriam ...
  • Acabamentos
    25 out, 2022 Mondo 17:11
    Vossa Santidade que fale com Putin: se ele quiser, a Guerra acaba. Se a Ucrânia parar, acaba a Ucrânia.

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