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Igreja deve repensar presença na cultura e atividade política, com participação ativa dos leigos

26 out, 2022 - 10:28 • Ângela Roque

Conclusões do encontro ibérico das comissões episcopais das comunicações sociais falam da necessidade de se comunicar uma “esperança realista e resistente, sendo a voz dos sem voz”.

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O encontro anual das Comissões Episcopais para as Comunicações Sociais de Portugal e Espanha decorreu em Santiago de Compostela, com o tema “Comunicar uma esperança maior”.

De acordo com o comunicado final, enviado à Renascença, os participantes refletiram sobre a importância de a Igreja “estar presente na sociedade” e “acompanhar todas as preocupações das pessoas do nosso tempo”.

“Torna-se necessário repensar e construir uma nova presença na cultura, na transformação social e na atividade política, com uma participação ativa dos leigos”, destaca o comunicado, que lembra que no atual contexto, em que “as ferramentas digitais comunicam de forma intensa, mas com lacunas”, a comunicação da Igreja "deve continuar a ser repensada", seja pela "formação dos comunicadores, seja pelo cuidado nas mensagens que transmite, onde é fundamental a proximidade e o diálogo com todos”.

Os participantes concluíram, ainda, que é necessário “saber contar histórias de perdão” e “reconciliação”, e “comunicar uma esperança realista e resistente, sendo a voz dos sem voz, do sofrimento da terra e da dor dos humanos”.

D. João Lavrador, bispo de Viana do Castelo e presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, considerou que a esperança é “fundamental” e “segundo o que a Igreja é chamada a comunicar, está na pessoa de Jesus, não tem nada de ideológico”. Em declarações recolhidas pela agência Ecclesia, no final do encontro, afirmou que a comunicação não pode só “recalcar frustrações e problemas”, mas ser capaz de “oferecer relatos e testemunhos daqueles que são capazes de traspor essa realidade e abrir novos horizontes de futuro, porque a esperança leva-nos para o futuro”.

Por seu lado, D. José Manuel Lorca, bispo de Cartagena e presidente da Comissão Episcopal de Meios de Comunicação de Espanha, lembrou que “há hoje desafios que não podemos ignorar” e aos quais se deve responder com uma “esperança viva” que contrarie a “realidade obscura” e ajude “os mais necessitados”.

João Duque, professor de Teologia da Universidade Católica Portuguesa, e Xosé Luís Barreiro, politólogo e colunista de imprensa, foram conferencistas neste encontro em que participaram delegados de comunicação social das várias dioceses galegas.


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