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​Crise. Bispos pedem "convergência de regime"

10 nov, 2022 - 18:51 • Teresa Paula Costa com Ecclesia e Redação

Há mais pessoas carentes de ajuda material e os bispo veem como "particularmente grave" o facto de muitas dessas pessoas necessitadas "não serem pessoas desempregadas, mas pessoas que têm o seu trabalho e não conseguem fazer frente às suas responsabilidades e às necessidades da sua família".

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O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. José Ornelas, disse, esta quinta-feira, que os bispos portugueses estão muito preocupados com a situação económica das famílias e apelou a "convergência e acordos de regime" no quadro do combate à crise.

"O que se vê é que, de facto, aumentaram significativamente os pedidos de ajuda, de alimentos", sublinhou D. José Ornelas, no final da assembleia plenária que decorreu em Fátima.

O também bispo de Leiria-Fátima classifica como "particularmente grave" o facto de muitos dos necessitados "não serem pessoas desempregadas, mas pessoas que têm o seu trabalho e não conseguem fazer frente às suas responsabilidades e às necessidades da sua família".

"Durante a pandemia, nós tivemos situações destas e encontraram-se soluções", lembrou o bispo, para quem "o que agora está a experienciar-se é qualquer coisa de certo modo mais grave."

Por isso e porque "também há meios novos" de ajuda, o bispo defendeu que "deviam ser postos ao serviço desta situação”.

Indispensável é, para D. José Ornelas, que haja "convergência e acordos de regime" entre os partidos políticos, para que se resolva a situação.

“Na sua atitude de proximidade, as instituições da Igreja continuam a atender situações de extrema necessidade, mas o justo apoio do Estado, que sustenta apenas uma parte limitada do esforço financeiro destas instituições, é imprescindível para que a sua falência não venha agravar a situação de centenas de milhares de pessoas e famílias que delas dependem”, indica a CEP.

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