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Papa altera estrutura da Caritas internacional. Jesuíta português é coadjutor do novo presidente

22 nov, 2022 - 13:50 • Aura Miguel

Nomeações acontecem depois de Francisco ter pedido uma auditoria, feita por uma comissão independente, sobre a gestão da Caritas Internacional. Padre Manuel Morujão vai ser coadjutor para o acompanhamento pessoal e espiritual dos funcionários.

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O Papa Francisco nomeou esta terça-feira o gestor e consultor Pier Francesco Pinelli como Comissário extraordinário da Caritas Internacional, que vai ter como coadjutores, Maria Amparo Alonso Escobar, como advogada desta instituição, e o padre Manuel Morujão s.j., para acompanhamento pessoal e espiritual dos funcionários.

Estas nomeações acontecem depois de Francisco ter pedido uma auditoria feita por uma comissão independente sobre a gestão da Caritas Internacional.

“Embora a gestão financeira seja correta e os objetivos de angariação de fundos tenham sido cumpridos”, a Caritas Internacional “fica agora submetida a uma administração temporária com o objetivo de melhorar as suas regras e procedimentos de gestão”, lê-se num comunicado divulgado esta terça-feira pelo Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral.

“Durante o período de comissariamento, cessam todas as atuais normas diretivas”, mas estas nomeações não terão impacto no funcionamento dos outros 162 organismos caritativos locais.

O objetivo desta fase de transição, é “assegurar estabilidade e uma liderança empática”, bem como “finalizar o processo de nomeação dos candidatos” e “os processos de eleição estatutária”, que deverão eleger o presidente, secretário-geral e tesoureiro, na próxima assembleia geral prevista para maio de 2023.

Segundo informa o Vaticano, a investigação, conduzida pela Comissão independente, destacou "falhas relacionadas com os procedimentos de gestão, com efeitos negativos também no espírito de equipa e na moral dos funcionários".

A referida auditoria ouviu tanto o pessoal da Caritas Internacional, como ex-funcionários e colaboradores e "nenhuma evidência surgiu em relação à má gestão financeira ou comportamento inadequado de natureza sexual”, lê-se no documento.

Mas, sublinha-se “a urgência de intervir no bem-estar laboral da estrutura” e no "alinhamento com os valores católicos da dignidade humana e do respeito de cada pessoa".

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