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Ontem o Holocausto, hoje a Ucrânia. “A história repete-se”, diz o Papa

07 dez, 2022 - 10:44 • Aura Miguel

A Audiência Geral, desta quarta-feira, contou com a presença do presidente da Câmara de Lviv, Andrii Sadovy, acompanhado de um grupo de pessoas que trabalham no Centro de reabilitação “Unbroken” para vítimas de guerra, sobretudo mutilados.

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O Papa recordou o extermínio de quase dois milhões de vítimas, sobretudo judeus, durante a “Operação Reihnart”, desencadeada há 80 anos, entre julho e outubro de 1942, pelo regime nazi.

Ao saudar os peregrinos de língua polaca presentes na Aula Paulo VI, Francisco desejou que “a recordação deste horrível acontecimento, suscite em todos nós propósitos e ações de paz.” Depois, acrescentou: “A história repete-se. Vemos o que está a acontecer hoje na Ucrânia. Rezemos pela paz”.

Ainda a propósito da solenidade da Imaculada Conceição que amanhã se celebra, o Papa invocou o conforto de Maria “para o povo mártir da martirizada Ucrânia” e “para todos os que hoje sofrem provações com a brutalidade da guerra”.

Na Audiência geral, desta quarta-feira, Francisco refletiu sobre o tempo, como “critério fundamental para se reconhecer a voz de Deus no meio de todas as outras vozes” e sobre a liberdade com que vivemos a relação com Deus.

“Só podemos amar na liberdade, e foi por isso que o Senhor nos criou livres, livres até para lhe dizer não. Oferecer-lhe o que temos de mais querido é do nosso interesse, permite-nos vivê-lo da melhor maneira possível e na verdade, como um dom que nos concedeu, como sinal da sua bondade gratuita, conscientes de que a nossa vida, assim como toda a História, está nas suas mãos benevolentes”, afirmou.

Esta Audiência Geral contou com a presença do presidente da Câmara de Lviv, Andrii Sadovy, acompanhado de um grupo de pessoas que trabalham no Centro de reabilitação “Unbroken” para vítimas de guerra, sobretudo mutilados.

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  • Assim, não
    07 dez, 2022 Portugal 11:19
    Um discurso muito Cristão, mas também muito neutro, eu acho. O Papa não teve problemas em sugerir cedências da Ucrânia ao agressor russo, para terminar a guerra - como se isso fosse possível, pois a Ucrânia nunca reconheceria as anexações e Putin julgando ter ganho alguma coisa, não tardaria a relançar ofensivas militares para vir buscar o "resto" - mas parece ter problemas em condenar abertamente a Rússia pelo que ela está a fazer. Problemas que o Patriarca da Igreja Ortodoxa Russa não teve, quando defendeu abertamente a invasão e os crimes das tropas russas.

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