11 dez, 2022 - 11:53 • Aura Miguel , Pedro Mesquita
A menos de dois meses de visitar o Sudão do Sul - de 3 a 5 de fevereiro - o Papa manifesta preocupação pela notícia de violentos confrontos nos últimos dias naquele país, apelando à reconciliação nacional.
“Rezemos ao Senhor pela paz e pela reconciliação nacional, para que cessem os ataques e para que os civis sejam sempre respeitados”, apelo Francisco depois da oração do Angelus.
Francisco abençoou centenas de imagens do Menino Jesus, levadas pelas crianças de Roma, a quem recomendou que rezem pela paz, evocando em particular a guerra na Ucrânia.
Deixou ainda um convite à oração pelas crianças do mundo inteiro são vítimas da guerra, incluindo na Ucrânia. “Convido-vos a rezar diante do presépio para que o Natal do Senhor traga um raio de paz às crianças do mundo inteiro, especialmente às que são obrigadas a viver os terríveis dias de guerra...desta guerra na Ucrânia, que destrói tantas vidas, tantas vidas e tantas crianças.”
A bênção dos ‘Bambinelli’, as imagens de Jesus que vão ser colocadas nos presépios, acontece no terceiro domingo de Advento, o tempo de preparação para o Natal no calendário católico, por iniciativa dos Centro dos Oratórios Romanos, das paróquias e famílias da capital italiana.
O Papa disse que “o Advento é tempo de inversão de perspetivas, onde nos devemos deixar maravilhar pela grandeza da misericórdia de Deus”, porque “Deus espanta-nos sempre”.
Da janela do Palácio apostólico, de onde falou, com vista para o presépio e para a Árvore de Natal que dominam a Praça de São Pedro, Francisco afirmou que “preparando o presépio para o Menino Jesus, aprendemos de novo quem é o nosso Senhor” e que o Advento é “um tempo para sairmos de certos esquemas e preconceitos relativos a Deus e aos irmãos”.
Neste contexto, o Advento é "um tempo em que, em vez de pensarmos em presentes para nós, podemos oferecer palavras e gestos de consolo aos que estão feridos, como Jesus fez com os cegos, os surdos e os coxos”.
A propósito do Evangelho de hoje, sobre a prisão de João Batista e das dúvidas que ele teve sobre Jesus, o Papa recordou que “mesmo o maior crente passa pelo túnel da dúvida. E isso não é mau, pelo contrário, às vezes é essencial para o crescimento espiritual”. E explicou porquê: “porque nos ajuda a entender que Deus é sempre maior do que imaginamos; que as obras que Ele realiza são surpreendentes em comparação aos nossos cálculos; e que as suas ações são diferentes, superam as nossas necessidades e as nossas expectativas”. Por isso, conclui Francisco, “nunca devemos deixar de procurá-Lo e de nos convertermos à sua verdadeira face.”