18 dez, 2022 - 12:22 • Aura Miguel
A Ucrânia, o Perú e o que se passa no Cáucaso meridional preocupam o Papa que, no final do Angelus deste domingo pediu orações para a Virgem Maria “toque o coração de todos os que podem parar com a guerra na Ucrânia”.
Francisco pediu novamente para não esquecermos “o sofrimento daquele povo, especialmente, das crianças, dos idosos e das pessoas imoladas”. “E rezemos também pela paz no Perú, para que cesse a violência no país e que avance pela via do diálogo para superar a crise política e social que aflige a população”, acrescentou.
Sobre a situação no corredor de Lachin, no Cáucaso meridional, Francisco mostrou-se igualmente preocupado “com as precárias condições humanitárias das populações que correm o risco de se agravar durante o inverno” e pediu a todos os envolvidos, que se empenhem em encontrar soluções pacíficas para o bem das pessoas”.
Nas reflexões relativas ao Evangelho de hoje, o Papa elogiou a atitude de misericórdia de José ao saber que a sua noiva Maria estava grávida e que o filho não era seu. Mas “confiou em Deus ao ponto de renunciar às suas certezas tranquilizadoras, aos seus planos perfeitos, às suas legítimas expectativas e abrir-se a um futuro que interrompe os seus planos e pede confiança em Deus”. José, ao responder a Deus que sim, revela uma coragem heroica e silenciosa: “ele confia, acolhe, está disponível e não pede mais garantias”, afirmou Francisco.
E quanto a nós?, interroga-se o Papa. “Talvez lamentemos alguns sonhos quebrados, e vemos que as melhores expectativas são frequentemente confrontadas com situações inesperadas e desconcertantes. Quando isso acontece, José mostra-nos o caminho: não devemos ceder a sentimentos negativos, como a raiva e fechamento, esse é o caminho errado!”.
Francisco garante que, no meio das surpresas da vida, incluindo as crises, "mantendo a porta aberta para Deus, Ele pode intervir. Ele é um especialista em transformar crises em sonhos, talvez não como esperamos, mas como Ele sabe”. Porque os horizontes de Deus são “surpreendentes, mas infinitamente mais amplos e bonitos que os nossos!”