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Bento XVI. As reações à morte de um Papa que fica "na história da Igreja"

31 dez, 2022 - 10:18 • João Malheiro com agências

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sublinha "um símbolo de estabilidade e de defesa dos valores da Igreja Católica".​ D. Américo Aguiar aponta a dificuldade de suceder ao Papa João Paulo II e explica que o pontificado de Bento XVI foi "importante".

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Começam a ser partilhadas as primeiras reações à morte do Papa Emérito Bento XVI, anunciada este sábado, depois de 95 anos de vida.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sublinha "um símbolo de estabilidade e de defesa dos valores da Igreja Católica".

O chefe de Estado português demonstra "profunda consternação" e envia condolências ao Papa Francisco.

O primeiro-ministro exprimiu votos de pesar "a toda a comunidade católica" pela morte do Papa Emérito Bento XVI, aos 95 anos, e recordou "a honra de o ter acolhido em Lisboa", na visita de 2010 a Portugal.

António Costa, na altura autarca da Câmara Municipal da capital portuguesa, lembrou "a bela celebração a que presidiu no renovado Terreiro do Paço".

"O seu trabalho e dedicação permanecerão um referencial para os fiéis em todo o mundo", escreveu, ainda, no Twitter.

Já Augusto Santos Silva refere que a morte de Bento XVI "mergulha em luto profundo a Igreja Católica e os seus fiéis".

"Homenageio a sua memória, destacando a estatura intelectual e o gesto fundacional da resignação", escreve, no Twitter.

Já o bispo auxiliar de Lisboa D. Américo Aguiar realça, à Renascença, que Bento XVI era "alguém profundamento humilde". "Quando leio os documentos do Papa Bento XVI tenho de reler várias vezes para chegar à profundidade dos seus pensamentos", diz.

D. Américo Aguiar aponta a dificuldade de suceder ao Papa João Paulo II e explica que o pontificado de Bento XVI foi "importante".

À Renascença, o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) dá "graças a Deus pela benção que o Papa Bento XVI foi para a Igreja.

“Bento XVI fica na história da Igreja”, indica D. José Ornelas, sublinhando o “grande passo” da resignação, quando assumiu que “já não estava em condições de governar a Igreja”.

Já o bispo do Funchal, D. Nuno Braz, também ouvido pela Renascença, diz que o Papa Emérito "é uma figura gigante da Fé que não se pode esquecer depois de se conhecer pessoalmente".

"Vi o Papa na Capelinha das Aparições, agarrando uma criança e colocando-a ao colo, quebrando todos os protocolos. Foi uma graça poder acompanhar o banho de multidão e a forma como o Papa estava, que não deixava de surpreender", recorda.

À Renascença, o historiador José Pacheco Pereira partilha "a grande estima intelectual por Bento XVI" e defende que é muito simplista defender que o Papa Emérito era "um conservador".

"As suas polémicas têm de ser relidas à luz do que aconteceu posteriormente. Temos de reconhecer que é um dos grandes intelectuais da Igreja e da sociedade civil".

O reitor do Santuário de Fátima, Carlos Cabecinhas, lembrou, em comunicado, a "relação muito especial" de Bento XVI com Fátima, onde esteve por duas vezes, em 1996, ainda cardeal, e em 2010, já como pontífice.

Carlos Cabecinhas sublinhou o "grande amor à Igreja" que Bento XVI, que morreu aos 95 anos, revelou aquando da sua renúncia, e lembrou que foi Joseph Ratzinger, então Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, que fez o comentário teológico à terceira parte do chamado segredo de Fátima.

Já o chanceler alemão, Olaf Scholz diz que o Papa Emérito foi "um líder especial da Igreja".

"O mundo perdeu uma das figuras formativas da Igreja Católica. Os meus pensamentos estão com o Papa Francisco", diz o líder alemão, no Twitter.

O cardeal Vincent Nichols, chefe da Igreja Católica de Inglaterra e País de Gales refere que Bento XVI "foi um dos grandes teólogos do século XX".

"Recordo-me, com particular carinho, da visita impressionante do Papa a estas terras [Reino Unido], em 2010. Vimos a sua cortesia, gentileza, perspicácia e abertura para receber todos os que conhecia", realça, num comunicado.

O primeiro-ministro do Reino Unido também já reagiu, também recordando "o momento histórico" da visita papal ao Reino Unido.

"Os meus sentimentos estão com o povo católico no Reino Unido e em todo o mundo", lê-se no Twitter de Rishi Sunak

O Presidente de França partilhou "os seus sentimentos pelos católicos em França e em todo o mundo" pela morte de Bento XVI, este sábado.

Emmanuel Macron aponta que o Papa Emérito "trabalhou com toda a sua alma e intelecto por um mundo mais fraterno".

O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, também já reagiu à morte de Papa Bento XVI, realçando "o seu rico contributo para a sociedade".

"Dedicou a sua vida à Igreja e aos ensinamentos de Cristo", realçou no Twitter.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen admite "tristeza" pela morte de Bento XVI.

"Ele via-se em primeiro lugar como servo de Deus e da Igreja", realça, no Twitter.

[Em atualização]

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