11 jan, 2023 - 08:55 • Olímpia Mairos
“O Papa Francisco é meu melhor amigo”. Foi este o mote para o concurso de desenho que contou com a participação de quase 100 crianças de Kharkiv, e que vão chegar ao Papa como expressão de gratidão pela ajuda que tem prestado à Ucrânia.
Segundo o coordenador do concurso, o padre Wojciech Stasevych, que desenvolve a sua missão na catedral de Kharkiv e dirige a Cáritas local, a ideia da iniciativa surgiu espontaneamente quando o cardeal Konrad Krajewski, prefeito do Dicastério para o Serviço da Caridade visitou a cidade.
Nessa altura “encontrou-se não só com os paroquianos, mas também com muitas famílias e pessoas que se encontram em situação difícil devido à guerra e para as quais foram levadas ajudas humanitárias”, conta ao site da Igreja Católica Ucraniana (RKC).
E foi durante uma dessas reuniões, que uma criança que morava no porão da casa perguntou de quem vinha essa ajuda. O voluntário explicou que eram ajudantes do Papa e a criança respondeu que isso significa que ‘o Papa Francisco é o nosso melhor amigo’. Naquele momento, surgiu a ideia de lançar um concurso de desenho no qual poderiam participar crianças privadas das coisas mais necessárias.
“Durante o Advento, as crianças que visitamos e ajudamos tiveram a oportunidade de desenhar o Papa Francisco. Recebemos quase 100 desenhos. O participante mais novo tem seis anos, o mais velho tem 13. Cada desenho tem o seu próprio entusiasmo. Esta competição foi incrível, porque não foram só as crianças da paróquia que participaram, mas também aquelas que só tinham ouvido falar do Papa uma vez”, assinala.
De acordo com o padre Wojciech Stasevych, os desenhos “são muito tocantes”, dando o exemplo de um desenho de uma criança de sete anos, que ficou em primeiro lugar, e que “retrata o Papa Francisco a beijar uma criança” e que ao fundo mostra “a bandeira ucraniana, o sol brilha e uma pomba carrega um ramo verde, anunciando a paz”.
As fotocópias dos desenhos das crianças de Kharkiv vão agora chegar às mãos do Papa através do cardeal Krajewski e querem “expressar a memória e a gratidão das crianças pela oração e apoio, bem como pela assistência humanitária”.