11 jan, 2023 - 09:31 • Olímpia Mairos
O Movimento Acção Ética (MAE) propõe que todos os candidatos a cargos políticos assinem uma declaração de compromissos legais e éticos para poderem aceitar a nomeação.
“A indiferença ética destrói a política e enfraquece a democracia, afirma o MAE, apelando “aos partidos políticos que promovam uma ética social e política, protegendo o prestígio das instituições públicas, preservando o valor da representatividade democrática dos titulares de cargos políticos e defendendo, deste modo, a democracia”.
No entender do movimento, “o exercício da política não é imune à ética”, sinalizando que “a “tradição cultural europeia de matriz judaico-cristã aponta para uma dimensão ética do exercício do poder político”.
“Tais postulados de ética política de raiz judaico-cristã continuam hoje perfeitamente válidos, tenham a designação de ética constitucional ou de ética republicana: não há política sem ética, nem governantes legítimos sem uma dimensão ética pessoal de conduta na vida pública”, considera o MAE, em comunicado enviado à Renascença.
Neste contexto, defende “que todos os candidatos a cargos políticos assinem, sob compromisso de honra, uma declaração em que assumam um conjunto de requisitos legais e éticos definidos para o exercício do cargo”.
“No caso de se verificar que não reúnem algumas das condições descritas nesse compromisso, deverão ser responsabilizados, renunciando automaticamente à nomeação”, conclui.
O MAE - Movimento de Acção Ética foi fundado a 1 de janeiro de 2021, por António Bagão Félix (economista), Paulo Otero (jurista), Pedro Afonso (médico psiquiatra) e Victor Gil (médico cardiologista).
Sob a divisa “Vida, Humanismo e Ciência”, o MAE é uma iniciativa cívica que visa propor abordagens, reflexões, estudos e contributos em torno das questões éticas atuais, propondo uma ética centrada na pessoa e na valorização da vida humana, combatendo a indiferença e o relativismo ético, desejando contribuir para uma maior consciencialização dos imperativos éticos e para uma ética do futuro que não seja uma ética para o futuro, mas para hoje.