Em plena Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, o responsável afirma que “os líderes das igrejas estão cada vez mais comprometidos em causas também comuns, como seja a ajuda aos refugiados, o seu compromisso pela defesa da criação, o seu compromisso também na denuncia daquilo que são atentados à dignidade humana”, e que, portanto, “hoje de uma forma particular nós vemos como o movimento ecuménico é cada vez mais algo de necessário e de fundamental para a missão das igrejas”.
D. Jorge Pina Cabral, anfitrião da Celebração Ecuménica Nacional, na Igreja Metodista do Mirante, no Porto, durante esta tarde, sublinha a importância deste momento de oração, destacando a presença de representantes das Igrejas Ortodoxa de Constantinopla e também da Igreja Russa. “É um facto também muito simbólico no atual contexto que vivemos de terem estado presentes representantes tanto da Igreja ortodoxa de Constantinopla quer também da Igreja Russa, do Patriarcado Russo. E, portanto, há aqui todo um simbolismo muito grande de unidade, de reafirmar o compromisso das igrejas e ao mesmo tempo também de juntas podemos orar pela paz e também pela justiça”, reforça. Recordando a profecia de Isaías, cinco ou seis séculos antes de Cristo, Pina Cabral acentua a ideia de que “no mundo dividido, no mundo em guerra; os cristãos dão sinal de união, de unidade e também ao mesmo tempo de esperança”. Ou seja, “apesar das nuvens negras da guerra, apesar da violência que diariamente assistimos, o facto de estarmos juntos significa também uma visão de esperança e de futuro para a humanidade e neste caso também oramos pela paz e pela reconciliação”.
O bispo da Igreja Lusitana entende que "os grandes desafios que se colocam à escala global mostram a urgência da unidade e ao mesmo tempo comprometem ainda mais as igrejas na sua união" e defende que "o ecumenismo é parte integrante da missão das Igrejas e adquire no mundo dividido um sinal cada vez profético”.
“A pandemia e eu diria estes grandes desafios que se colocam à escala global, como a crise climática, este ressurgir da guerra; todos estes grandes desafios mostram a urgência da unidade, e ao mesmo tempo como que comprometem ainda mais as igrejas na sua união”, reforça. O bispo garante que as igrejas perceberam “de uma maneira muito clara que estes grandes desafios que enfrentamos não podem ser vencidos por desunião, ou não podem ser vencidos por igrejas isoladas”, e nesse sentido “acho que as igrejas no movimento ecuménico fazendo esta leitura dos sinais dos tempos e da urgência dos desafios que se colocam como que percebem a necessidade de reafirmar o seu compromisso de estarem juntas e de juntas construírem um mundo de reconciliação com mais justiça de paz”.
"Aprendei a fazer o bem e procurai a justiça" é o tema da semana de Oração pela Unidade dos Cristãos que se prolonga até quarta-feira, dia 25 de janeiro.