06 fev, 2023 - 10:27 • Olímpia Mairos
O pároco de Alepo, na Síria, apela à comunidade internacional para que retire ou suspenda as sanções contra o país “pelo menos para permitir e facilitar a chegada e movimentação da ajuda humanitária”.
“Confiamos na ajuda internacional, estamos todos em choque com o ocorrido. Não bastava a guerra, não bastava a pobreza, agora o terramoto”, declara o padre Elia Karakach Bahjat, em declarações à agência SIR.
Segundo o sacerdote, frade da Custódia da Terra Santa e pároco latino de Aleppo, “há escombros por toda a parte”.
“Os primeiros relatos que temos aqui falam de pelo menos 36 prédios totalmente destruídos com pessoas sob os escombros. A paróquia latina onde estou também sofreu danos, mas no momento não registamos nenhum outro problema crítico”, conta.
O pároco diz que “o choque foi tremendo” e que “as pessoas saíram às ruas em pânico, pelo menos as que conseguiram, muitas, como disse, ficaram encurraladas”.
“Aqui está a chover e faz frio, já vi gente descalça e com roupas leves, de pijama, fugindo em busca de um lugar seguro”, descreve.
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Na paróquia foram abertos espaços intactos para abrigar as pessoas e são oferecidas bebidas quentes e algo para comer.
Nestas declarações, o sacerdote fala de “uma grande tragédia” e pede à comunidade internacional que “não abandone o povo sírio”.
“Os deslocados estão a voltar às suas casas para avaliar os danos, não há eletricidade, uma situação dramática. Esperamos que a ajuda chegue a todos os lugares”, conclui.
Também da área Idlib, não controlada pelo regime de Assad, chegam relatos de mortes e destruição.
Em declarações à SIR, o padre Hanna Jallouf, pároco de Knaye, uma das três aldeias cristãs do Vale do Orontes, refere que “nas aldeias do norte, há muitos danos, mortos e feridos”, não sendo possível, para já, fazer um verdadeiro balanço “devido ao alto nível de destruição”.
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