08 fev, 2023 - 09:29 • Aura Miguel
“O meu pensamento vai, neste momento, para as populações da Turquia e da Síria, duramente atingidas por um terramoto que causou milhares de mortos e feridos”, disse o Santo Padre no final da Audiência Geral desta quarta-feira.
Francisco manifestou a sua comoção e proximidade “a estes povos, aos familiares das vítimas e a todos aqueles que sofrem por causa desta devastadora calamidade” e agradeceu aos que se empenham em socorrer aquela gente, encorajando todos “à solidariedade com aqueles territórios, em parte já martirizados por uma longa guerra”.
O Papa pediu ainda aos peregrinos de várias línguas para rezarem por “estes nossos irmãos e irmãs, para que possam seguir em frente no meio desta tragédia. E que Nossa Senhora os proteja.”
O Papa dedicou toda a audiência geral de hoje à mais recente visita que realizou a África. “Rezemos para que novos caminhos de perdão e comunhão se abram na República Democrática do Congo e no Sudão do Sul, e que sementes de amor, justiça e paz germinem em toda a África“.
O Santo Padre sublinhou que, “pela sua natureza, os seus recursos e sobretudo pela sua gente, o Congo é como um diamante; mas um diamante ensanguentado pelas contendas e violências que a sua posse motiva”. E aproveitou para reiterar: “Basta de explorar a África! Em vez disso, caminhemos juntos, com dignidade e respeito recíproco, juntos em nome de Cristo nossa esperança!”
A segunda parte da viagem, ao Sudão do Sul foi realizada em conjunto com o arcebispo de Cantuária e o Moderador Geral da Igreja da Escócia: “fomos juntos para testemunhar que é possível e forçoso colaborar na diversidade, especialmente se se compartilha a fé em Cristo”.
O Papa recordou que esta viagem foi “o ponto de chegada dum caminho que vinha de trás e já nos tinha visto juntos, no ano 2019 em Roma, com as autoridades do Sudão do Sul para assumir o compromisso de superar o conflito e construir a paz”. E lamentou que o processo de reconciliação naquele país não tenha acabado “vítima da velha lógica do poder e da rivalidade, que produz guerra, violências, refugiados e deslocados internos.”
No entanto, e apesar destes entraves à paz e à reconciliação, ”Deus coloca as suas esperanças, não nos grandes e poderosos, mas nos pequeninos e humildes, como nos diz a Bíblia do princípio até ao fim”, concluiu Francisco. “É o mistério da esperança de Deus, que vê uma árvore frondosa onde existe uma pequena semente. Rezemos para que, nestes dois países e na África inteira, germinem as sementes do seu Reino de amor, justiça e paz.”