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Angelus

“Não esqueçamos quem sofre. Que a nossa caridade seja atenta e concreta”, pede o Papa

19 fev, 2023 - 11:35 • Aura Miguel

Sem esquecer as vítimas dos sismos da Turquia e Síria, Francisco lembrou as vítimas do ciclone que atingiu a Nova Zelândia e fez um reflexão sobre o modo como os cristãos devem amar.

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O Papa Francisco deixou, este domingo, mais um apelo de ajuda às vitimas do terremoto na Síria e na Turquia, sem esquercer “os dramas quotidianos do caro povo ucraniano e de tantos povos que sofrem por causa da guerra, devido à pobreza, à falta de liberdade e das devastações ambientais, tantos povos.”

Neste sentido, o Santo Padre mostrou-se “próximo da população neozelandesa, atingida nos últimos dias por um ciclone devastador”.

Dirigindo-se aos fiéis reunidos na Praça de São Pedro, o Papa apelou: “Irmãos e irmãs, não esqueçamos quem sofre. E façamos de modo a que a nossa caridade seja atenta e concreta."

A lógica de Deus é outra: o seu amor é sempre exagerado

Antes da oração do Angelus, o Papa fez um reflexão sobre o modo como os cristãos devem amar.

Em geral, “gostamos de ter tudo controlado na nossa vida, de modo a corresponder às nossas expectativas”. Por isso, “é normal para nós amar quem nos ama e ser amigo de quem nos é amigo”, disse o Francisco. “Preferimos amar só quem nos ama, fazer o bem só a quem é bom connosco, ser generoso só com quem pode restituir o favor; e quem nos trata mal respondemos com a mesma moeda. Mas o Senhor nos adverte: isso não é suficiente!”

O Santo Padre afirmou que o amor de Deus ”é sempre ‘extraordinário’, isto é, vai além dos critérios habituais com os quais nós humanos vivemos as nossas relações.” Pois “enquanto nós tentamos permanecer no ordinário dos raciocínios utilitaristas, Ele pede para mos abrirmos ao extraordinário de um amor gratuito; enquanto nós tentamos sempre equilibrar as contas, Cristo estimula-nos a viver o desequilíbrio do amor”.

A propósito do Evangelho de hoje, o Papa sublinhou que o amor de Deus é sempre exagerado, sempre em abundância. É por isso que nos propõe “sair da lógica da vantagem e não medir o amor sobre a balança dos cálculos e das conveniências”. Ou seja, “a não responder o mal com o mal, a ousar no bem, a arriscar no dom, mesmo se recebermos pouco ou nada em troca. Porque é este amor que lentamente transforma os conflitos, diminui as distâncias, supera as inimizades e cura as feridas do ódio”

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