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Diocese do Algarve desconhece padre identificado pela Comissão Independente

09 mar, 2023 - 11:59 • Ângela Roque

Lista entregue contém dois nomes, mas um deles não corresponde a qualquer padre da diocese, nem consta dos arquivos. O outro caso foi investigado em 2021, mas acabou arquivado pelo Vaticano.

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A Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais na Igreja em Portugal entregou ao Bispo do Algarve, na passada sexta-feira, uma lista com dois nomes de sacerdotes, alegados abusadores.

Em comunicado a diocese esclarece que num dos casos já se atuou. “Um dos nomes refere-se a um caso que a Diocese do Algarve teve conhecimento em outubro de 2021 e que desencadeou imediatamente a investigação prévia, com informação ao Ministério Público, cujo resultado foi enviado para a Santa Sé, a qual, após a análise do processo, indicou que o mesmo devia ser arquivado”.

Quanto ao segundo nome, “não corresponde a nenhum sacerdote incardinado na Diocese do Algarve, nem se encontra nos arquivos diocesanos alguma referência a seu respeito”, indica o comunicado, acrescentando que “o Bispo do Algarve já informou a Comissão Independente (Grupo de Investigação Histórica) desta ocorrência, ficando a aguardar uma informação adicional sobre este assunto”.

A diocese reafirma o empenho total do seu bispo, e recorda que na recente mensagem para a Quaresma considerou que o relatório da Comissão Independente exige “coragem e decisão em conhecer a verdade”, que “ninguém pode abafar ou ignorar este grito” que remete para “uma realidade inqualificável”, e que a Igreja é chamada a “assumir a responsabilidade que essa verdade reclama”.

D. Manuel Quintas compromete-se a tudo fazer para que “sacerdotes e demais agentes de pastoral recebam informação e formação sobre este assunto, com o objetivo de criar uma cultura do cuidado e da transparência em todas as instituições diocesanas”, e já “convocou, hoje, todo o clero da Diocese para uma assembleia geral destinada a estudar medidas para prevenir a possibilidade de ocorrência de abusos no futuro, quer envolvendo menores, quer adultos vulneráveis, a partir da legislação civil e canónica em vigor”.

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