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Abusos. Padre suspeito em Lisboa diz-se alvo de "abjeta e monstruosa difamação"

22 mar, 2023 - 23:02 • Ângela Roque , Aura Miguel

Mário Rui Pedras divulgou mensagem aos paroquianos a confirmar que está na lista de alegados abusadores entregue pela Comissão Independente, com base numa “denúncia anónima, falsa, caluniosa, sem qualquer elemento útil ou prestável para investigação”. O sacerdote, bem conhecido do Patriarcado, garante estar inocente, fala em “profunda injustiça” e garante que tudo fará para “desmascarar” quem o difamou.

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Numa mensagem aos paroquianos das igrejas de São Nicolau e da Madalena, o padre Mário Rui Pedras informa que soube na última segunda-feira, 20 de março, que o seu nome consta da “lista de pessoas, vulgo abusadores”, que a Comissão Independente (CI) que estudou os abusos na Igreja entregou na Diocese de Lisboa.

No texto, a que a Renascença teve acesso, o sacerdote adianta que foi alvo de uma “denúncia anónima”, e que a notícia o chocou “profundamente”. “Nessa denúncia alguém refere ter sido vítima de abusos por mim perpetrados, os quais teriam ocorrido na década de 90, quando frequentava o 8º ano, num colégio da periferia de Lisboa”, revela ainda, assegurando que “essas imputações são totalmente falsas”.

Padre há 41 anos, Mário Rui Pedras diz que ao longo da sua vida sacerdotal não praticou “o que quer que fosse de censurável, seja pelo prisma da lei canónica, pelo prisma da lei civil ou da ética comportamental”, e lamenta que a “inventada vítima” não se tenha identificado, nem a denúncia indique o local onde os “falsos abusos” ocorreram, nem sequer “o nome de potenciais testemunhas”.

“Nada. Uma denúncia anónima, falsa, caluniosa, sem qualquer elemento útil ou prestável para investigação”, escreve o sacerdote, que admite que “a calúnia” o deixa “numa situação delicada”, mas que tudo fará para repor a verdade, incluindo pela via judicial.

“Vejo a minha honra e a minha reputação serem afetadas por um golpe cobarde, cuja existência não consigo entender nem explicar. Procurarei fazer tudo o que estiver ao meu alcance para desmascarar quem me difamou, restaurando a minha honra, agora visada, livrando-a de qualquer mácula ou suspeita”.

Aos paroquianos assegura que nada fez “de errado, de desrespeitador ou de criminoso”, mas explica que apesar disso se colocou “à disposição do Patriarca de Lisboa, para que tomasse as medidas cautelares que entendesse adequadas, no âmbito da investigação prévia” que irá ser feita. “Eu próprio reclamo que essas diligências tenham lugar e que se iniciem com a máxima brevidade”, acrescenta.

“Quem não deve não teme. E eu não temo. Tudo farei para que a verdade seja reposta”, escreve Mário Rui Pedras, que diz aceitar o atual momento com uma “sensação dolorosa de enorme injustiça”.

“Percorrerei, agora, este caminho de pedras com profunda confiança em Deus, em amor à Igreja e em obediência ao meu Patriarca, enfrentando esta abjeta e monstruosa difamação. Sacrifico-me na esperança de poder estar a contribuir para o bem maior da Igreja”, sublinha ainda o sacerdote, que para além de ser pároco das igrejas de São Nicolau e da Madalena, é também diretor do Departamento do Turismo do Patriarcado de Lisboa e do Departamento da Mobilidade, e assistente nacional da ACEGE, a associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE).

A mensagem divulgada esta quarta-feira confirma que faz parte do grupo de quatro sacerdotes no ativo que o cardeal patriarca D. Manuel Clemente anunciou, terça-feira, ter afastado do exercício público de funções, enquanto decorrerem as diligências processuais, seguindo a recomendação nesse sentido da Comissão Diocesana de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis.

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  • Luísa A Pedrosa
    23 mar, 2023 Agualva 22:56
    Fiquei muito chocada com as calúnias lançadas sobre o Sr. Pde. Mário Rui Pedras, um verdadeiro e exemplar Sacerdote, íntegro e que não tem medo de dizer no altar as verdades que incomodam poderes instalados e corruptos. Aredito profundanente na sua inocência e pelas homilias e declarações suas a que assisti, ja receava que um dia tentassem afasta-lo do seu Ministério Sacerdotal. O demônio e seus squases astutos não olham a meios para atingir fins. .. mas acredito que justiça de Deus prevalecerá e em breve será denunciado o falso e anónimo acusador. Em Oração estou unida a si, Sr Pde Mário!
  • Maria Isabel Tavares
    23 mar, 2023 Costa da Caparica 19:51
    Conheço há muitos anos o Pe. Mário Rui, mas não pessoalmente. Tenho por ele a maior consideração e fiquei surpreendida com a acusação de que é vítima. Peço a Deus que tudo seja esclarecido rapidamente e acredito na sua inocência. Lamento que sejam aceites informações anónimas. Uma coisa é não haver o direito de publicar quem acusa, mas aceitar acusações anónimas é permitir que qualquer pessoa mal intencionada faça acusações falsas, o que é muitíssimo grave.
  • Atento
    23 mar, 2023 Leça da Palmeira, Matosinhos 10:03
    COMO ERA DE ESPERAR ... É INFAME ... OS INIMIGOS DA IGREJA APROVEITARAM LIGO A OPIRTUNIDADE ... É INFAME ... MAS POR OUTRO LADO É SINAL QUE A IGREJA AINDA INCOMODA MESMO OS BEM PENSANTES ... DEUS NÃO DORME ...
  • Jorge Pinheiro
    23 mar, 2023 Lisboa 09:57
    Padre Mário Rui Pedras as pessoas que o conhecem sabem que está inocente destas mentiras caluniosas. Os melhores cumprimentos e solidariedade nestes tempos de perseguição à Igreja e a Deus.
  • Elisabeth Ferreira
    23 mar, 2023 Lisbos 01:23
    É com muita tristeza que vejo esta notícia sobre o senhor padre Mário Rui que conheço a wustenta e tal anos como uma pessoa boa generosa tanto que a igreja de São Nicolau da todos os dias refeições quentes a quem não tem posses e o que comer. Que a pessoa que fez a denúncia anónima chega encontrada e frente a frente diga. Quem diz a verdade não faz denúncia anónimas. Mostra a cara. Só os covardes o fazem. Que seja reposta a verdade que não tira a tristeza pelo que está a passar o padre Mário. Deus é grande e s verdade vencerá. Força padre Mário Rui, estamos consigo.

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