16 abr, 2023 - 12:11 • Liliana Monteiro , Ricardo Vieira
O Papa Francisco mostrou-se este domingo preocupado com os combates no Sudão e saiu em defesa de São João Paulo II.
Os confrontos entre o exército e um grupo paramilitar já fizeram dezenas de mortos e centenas de feridos no Sudão. Na cerimónia do Angelus, deste domingo, na praça de São Pedro, no Vaticano, o Papa pediu orações pelas vítimas e pela paz.
“Rezemos pelas vítimas pedindo a Deus que o mundo não viva mais o desânimo da morte violenta pela mão do homem, mas o espanto da vida que ele dá e renova com a sua graça”, disse Francisco.
“Sigo com preocupação o que se está a passar no Sudão. Estou próximo do povo sudanês tão marcado por provações. Convido a rezar para que se deponham as armas e prevaleça o diálogo para que se retome a paz e a concórdia”, declarou o Papa.
Francisco também saiu em defesa de S. João Paulo II, na sequência de insinuações no caso do desaparecimento da jovem Emanuela Orlandi, em 1983.
“Estou certo de interpretar o sentimento dos fiéis de todo o mundo. Dirijo um pensamento grato à memória de São João Paulo II nestes dias objeto de ilações ofensivas e infundadas”, afirmou Francisco.
A declaração do Papa responde, indiretamente, a declarações de Pietro Orlandi, irmão de Emanuela Orlandi, filha de um funcionário do Vaticano que desapareceu no centro de Roma, no dia 22 de junho de 1983.
O caso foi reaberto em janeiro deste ano pelo procurador do Vaticano, uma decisão que também teve em conta os apelos da família da jovem.
Pietro Orlandi encontrou-se esta semana com magistrados do Vaticano e foi a um programa de televisão italiano, em que divulgou uma gravação com declarações de um alegado membro da máfia a acusar o Papa João Paulo II de sair durante a noite, acompanhado por dois religiosos polacos, à procura de raparigas jovens, refere o site Vatican News.
A insinuação, feita sem qualquer prova, foi veemente negada pelo Vaticano.