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D. Nuno Almeida é o novo bispo de Bragança-Miranda

19 mai, 2023 - 11:00 • Olímpia Mairos

Natural de Sátão, na Diocese de Viseu, D. Nuno Almeida era bispo auxiliar de Braga desde 2015.

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O bispo auxiliar de Braga, D. Nuno Almeida, foi nomeado esta sexta-feira bispo da Diocese de Bragança-Miranda pelo Papa Francisco, preenchendo, assim, um vazio que existia desde a saída de D. José Cordeiro para arcebispo de Braga, em dezembro de 2021.

Nascido em Sátão, na Diocese de Viseu, a 1 de agosto de 1962, Nuno Manuel dos Santos Almeida frequentou o Seminário Menor de S. José, em Fornos de Algodres, e o Seminário Maior de Viseu, e foi ordenado sacerdote em Sátão, no dia 19 de outubro de 1986.

Enquanto sacerdote, desempenhou várias missões como pároco. Foi chefe de gabinete dos bispos de Viseu, D. António Monteiro e D. António Marto, professor no Instituto Superior de Teologia de Viseu, membro da Comissão da Pastoral Orgânica no Sínodo Diocesano de Viseu, arcipreste e vigário episcopal da Zona Pastoral de Viseu, e responsável dos Secretariado da Coordenação Pastoral, das Missões e da Educação Cristã.

D. Nuno Almeida tem licenciatura em Teologia pela Faculdade de Teologia da Universidade Católica do Porto, mestrado em “Fé e Psicoterapia” pela mesma faculdade, e doutoramento em Teologia Dogmática pela Universidade Salesiana de Roma.

O Papa Francisco nomeou-o bispo auxiliar de Braga, em 2015 e tem como lema episcopal “Estou entre vós como aquele que serve” (Lc 22,27).

Na estrutura da Conferência Episcopal Portuguesa foi vogal da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios (2020-2023), tendo sido eleito, no passado dia 18 de abril, presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família, para o triénio 2023-2026.

D. Nuno Almeida foi dos primeiros bispos portugueses a pronunciar-se e a tomar posição pública sobre os abusos de menores por parte de membros da Igreja, defendendo “medidas cautelares de tipo administrativo" contra alegados abusadores, que poderão levar “a limitações no ministério”, sublinhando a necessidade de recolher todas as denúncias e tomar medidas.

Considerando que “pedir perdão é necessário, mas não é suficiente”, D. Nuno Almeida defendeu que “é preciso pôr em prática, sem hesitação, o que consta nos números 9 a 31 do Vade Mécum, onde se insiste que o bispo deve acolher, analisar, avaliar e aprofundar, com a devida atenção, todas as denúncias, independentemente da forma ou do canal utilizado”.

Já sobre a eutanásia, o novo bispo da Diocese de Bragança-Miranda publicou, em fevereiro de 2020, uma carta aberta aos deputados da Assembleia da República, em que apelou ao chumbo das propostas de legalização da eutanásia.

Na sua carta, o bispo explicava que não fazia sentido invocar “a autonomia contra a vida”, pois a eutanásia é a supressão da própria liberdade.

Mais tarde, em setembro, D. Nuno Almeida voltou a questionar, em carta aberta, o Parlamento sobre a intenção de legislar sobre a eutanásia num momento em que o país atravessava uma crise provocada pela Covid-19, alertando para “o sério risco de que a morte” passasse a ser “encarada como resposta à doença e ao sofrimento”.

“Os direitos do fim da vida” incluem, entre muitos outros, “o direito aos cuidados paliativos”, defendeu na carta dirigida aos deputados.

A entrada solene do novo bispo na Diocese de Bragança-Miranda ainda não tem data marcada.

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