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Dia Mundial do Refugiado. “A solidariedade não deve ter fronteiras”, diz JSR

20 jun, 2023 - 07:00 • Henrique Cunha

O Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS) lança esta terça-feira uma nova campanha e apresenta um documentário no âmbito do Dia Mundial do Refugiado, que se assinala esta terça-feira.

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O Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS) lança esta terça-feira a campanha “Solidariedade sem Fronteiras, um Mundo sem Barreiras” para que “as políticas de acolhimento dos refugiados sejam mais justas”.

Neste Dia Mundial do Refugiado, o diretor da JRS, André Costa Jorge, sublinha que todos os refugiados - independentemente da sua origem - “merecerem ser acolhidos com igual dignidade”.

“A solidariedade não deve ter fronteiras”, diz Costa Jorge, enfatizando: "A proteção aos refugiados deve ser feita em função do nível da proteção que a pessoa precisa e não em função da sua origem."

O responsável do JRS lembra que “não devem ser criadas barreiras artificias que potenciam o aumento das redes de tráfico e a redes criminosas” e sustenta que ainda vivemos numa Europa com "dois pesos e duas medidas".

"Foi possível e ainda bem acolher os novos irmãos ucranianos, mas continuamos cegos e surdos perante o drama de milhares de outros refugiados que veem de outras paragens”, aponta.

“É possível e é necessário que haja uma resposta de todos os países para que se acolham pessoas que fogem da perseguição”, defende André Costa Jorge. "É preciso encontrar vias legais e seguras porque senão as pessoas no desespero vão recorrer a situações em que correm risco de vida e muitas vezes acabam nas redes violentas de trafico."

André Costa Jorge diz que Portugal tem “boas políticas de acolhimento”, mas desafia as autoridades nacionais a serem "mais ativas no espaço europeu na defesa de políticas mais humanistas”.

Também para assinalar o Dia Mundial do Refugiado, o JRS Portugal vai apresentar o documentário “A última fronteira”, de André Carvalho Ramos, jornalista da CNN Portuga, no Salão Nobre do Colégio Almada Negreiros, no Campus de Campolide da Universidade Nova de Lisboa. O documentário mostra as diferentes políticas da Europa para os refugiados.

Para além da campanha de sensibilização e da projeção do documentário, pode também ser vista, de 22 a 25 de junho, a exposição “Vizinhos do Lado”, que junta 21 retratos de famílias afegãs. Estes retratos resultam da experiência de apoio de emergência em centro de acolhimento durante os meses iniciais do trajeto de integração das famílias afegãs.

A fotografia é da autoria do fotógrafo português Vasco Passanha e a exposição vai estar patente em vários locais, começando pelo Largo do Cabeço de Bola, em Lisboa. Fará parte do Festival Bairro em Festa.

O Eurostat revelou em 2021 que 630.550 pessoas aguardavam resposta ao pedido de asilo na União Europeia. Destes, 1.540 requereram asilo a Portugal, maioritariamente do Afeganistão, Marrocos, índia e Gâmbia.

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  • Anastácio José Marti
    20 jun, 2023 Lisboa 14:57
    Se é verdade que a solidariedade não deve ter fronteiras para os refugiados, onde está essa mesma solidariedade para os trabalhadores DEFICIENTES em Portugal, que ainda hoje, 20/6/2023, continuam a ser impedidos ilegalmente, pelo Estado português, de se realizarem profissionalmente, por continuarem, diariamente, a serem impedidos de ingressarem na carreira de Técnico Superior apesar de reunirem desde há muito tempo, todos os requisitos legais para o poderem ser? Serão estas as formas de respeitar princípios como os da ética profissional, Igualdade de Tratamento e a própria Declaração Universal dos Direitos Humanos que o país subscreveu mas que mais uma vez nos prova que nunca respeitou, saindo até hoje impune por assim se comportar? Esta triste mas real realidade verifica-se com o conhecimento, cumplicidade e conivência da Provedoria de Justiça, Sindicatos da Administração Pública, instituições de solidariedade social, Presidência e Assembleia da República , etc., Será para assim se comportarem que todas e cada uma destas instituições existem e serão estas as formas de dignificar um Estado de Direito e supostamente Pessoa de Bem como Portugal afirma ser sem o provar que o é como este triste exemplo disso nos faz prova desde que existe?

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