23 jun, 2023 - 10:56 • Redação
Francisco recebeu, na Capela Sistina, cerca de 200 artistas de todo o mundo, para assinalar os 50 anos da inauguração da coleção de arte moderna e contemporânea dos Museus do Vaticano. O encontro aconteceu esta sexta-feira, altura em que o Santo Padre destacou a "relação da Igreja com os com artistas que pode ser definida como natural e especial ao mesmo tempo”.
Entre escultores, arquitetos, escritores, poetas, músicos e atores, estiveram presentes sete portugueses: Pedro Abrunhosa, Joana Vasconcelos, Vhils, Rui Chafes, Gonçalo M. Tavares, José Luís Peixoto e Marta Braga Rodrigues.
"O artista leva a sério a profundidade inesgotável da existência, da vida e do mundo, mesmo nas suas contradições e tragédias”, disse o Papa, numa intervenção em que agradeceu o contributo de todos os participantes.
Francisco comparou os artistas a crianças, uma comparação “que não deve soar como uma ofensa", defende, porque "significa que os artistas se movem sobretudo no espaço da invenção, da novidade, da criação, de trazer algo ao mundo”.
Também a fé foi motivo de comparação. “Uma das coisas que aproxima a arte da fé é o facto de incomodar. A arte e a fé não podem deixar as coisas como estão: mudam, transformam, convertem, movem”, admite.
Francisco pediu, ainda, aos artistas presentes para não se esquecerem dos pobres, “os favoritos de Cristo”, porque “até os pobres precisam de arte e beleza”.
A iniciativa foi organizada pelo Dicastério para a Cultura e a Educação, presidido pelo Cardeal D. José Tolentino Mendonça, em colaboração com o Governo do Estado da Cidade do Vaticano, os Museus do Vaticano e o Dicastério para a Comunicação.
[notícia atualizada às 16h44 de 23 de junho de 2023]