16 jul, 2023 - 17:01 • José Pedro Frazão, enviado da Renascença à Ucrânia
O bispo auxiliar de Lisboa, D. Américo Aguiar, doou este domingo o seu anel episcopal e o solidéu à paróquia de Nossa Senhora de Fátima em Dovbysh, província de Jitomir na Ucrânia.
“Eu aprendi a fazer isto com João Paulo II que o fez em tantas circunstâncias. Tal como o anel significa a fidelidade, assim também quero dar significado a esta ligação umbilical”, justificou D. Américo, no final deste encontro.
O presidente da Fundação Jornada Mundial da Juventude (JMJ) já se emocionou várias vezes durante a sua visita à Ucrânia.
“Acho que não vou voltar a ser o mesmo depois desta experiência, para mais após o ‘acidente cardinalício’ de há uma semana. Nunca mais na vida voltarei a ser a mesma pessoa e da mesma maneira. Vivendo com estes irmãos e ao mesmo tempo a força da fé e da esperança, de Cristo Vivo, é qualquer coisa que nos esmaga. Estou convencido que estes mais de 500 dias de resistência vêm , acima de tudo, do coração de cada homem e cada mulher da Ucrânia e da força que Deus lhes dá”, afirmou à margem do encontro na paróquia de Nossa Senhora de Fátima.
O futuro cardeal encontrou uma igreja repleta de fiéis com quem cantou uma Ave Maria, trocou presentes e tirou fotografias.
“Parece que ‘fomos um bocadinho a casa’. Tivemos a possibilidade de durante uns minutos ‘estar’ em Portugal , com os portugueses, na nossa identidade, que define como nós somos”, comentou no final aos jornalistas portugueses.
Mais cedo, ao início da tarde, D. Américo Aguiar encontrou-se também com jovens católicos, em Berdychiv.
O presidente da Fundação Jornada Mundial da Juventude (JMJ) prossegue a sua visita à Ucrânia e encontrou-se hoje com jovens católicos, em Berdychiv.
D. Américo Aguiar comparou a luta dos ucranianos ao combate entre David e Golias.
No final da celebração deste domingo de manhã, no âmbito da peregrinação das dioceses ucranianas ao Santuário de Berdychiv, o bispo auxiliar de Lisboa comentou a homilia em que o núncio apostólico de Kiev evocou Portugal e Fátima no contexto da Jornada Mundial da Juventude e nos desafios atuais da Ucrânia em guerra.
“Tem muito a ver connosco esta matriz Mariana, de Nossa Senhora, que é: a força deste povo é a fé, a fé traz-nos a esperança, a nossa esperança é Cristo vivo”, disse D. Américo Aguiar, aos jornalistas.
“Ora é este caminho que nós estamos a fazer porque há qualquer coisa de estranho nesta diferença do David e do Golias. Um pequeno povo comparado com uma grande potência que está a sobreviver há mais de 500 dias e isso é a força”, sublinhou.
D. Américo Aguiar iniciou no sábado uma visita à Ucrânia, a convite da Conferência Episcopal ucraniana.
[em atualização]