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Jornada Mundial da Juventude

Voluntários de amarelo: kits para a JMJ começam a ser entregues

21 jul, 2023 - 12:00 • João Cunha

O Centro de Acolhimento aos Peregrinos da Jornada Mundial da Juventude, instalado na Universidade Católica, está desde ontem a receber os voluntários oriundos de todo o mundo.

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"Tem um terço, quatro t-shirts de voluntários, para usar sempre que estivermos a fazer voluntariado, um cantil-eco para podermos encher com água e um panamá da Jornada Mundial da Juventude".

Assim é revelado o conteúdo do kit que está a ser entregue aos voluntários da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) por Raquel Kritinas, coordenadora do Corpo Nacional de Escutas do acolhimento aos voluntários e peregrinos do evento.

Instalado na garagem da Universidade Católica, agora dividida em percursos pedonais com baias metálicas que dão acesso a secretárias para a acreditação dos voluntários, é aqui que todos os inscritos para a JMJ são acolhidos. Recebem a acreditação e uma senha para depois subirem à zona exterior, onde, numa tenda gigante instalada num dos parques de estacionamento, recebem a pequena mochila amarela com o kit.

Entrada do Centro de Acolhimento  Foto: João Cunha/RR
Entrada do Centro de Acolhimento Foto: João Cunha/RR
Centro de Acolhimento de Peregrinos na Universidade Católica  Foto: João Cunha/RR
Centro de Acolhimento de Peregrinos na Universidade Católica Foto: João Cunha/RR
Francisco Paulino a receber acreditação como voluntário  Foto: João Cunha/RR
Francisco Paulino a receber acreditação como voluntário Foto: João Cunha/RR


"Vamos ter provavelmente dois picos: um este fim de semana, quando os voluntários começam a entrar, e no próximo fim de semana, quando os voluntários começam a chegar a Lisboa", indica Raquel Kritinas à Renascença.

Só na quinta-feira, primeiro dia do acolhimento, foram entregues perto de dois mil kits a voluntários como Francisco Paulino, um dos primeiros a chegar esta sexta de manhã.

"Sou voluntário porque quero dar o meu contributo pessoal, porque sou católico também, e acho que será uma experiência única fazer voluntariado nesta Jornada Mundial da Juventude", partilha. A missão já a tem definida: vai ser coordenador de segurança no Parque das Nações e no Parque Eduardo VII.

Raquel Kritinas, coordenadora do CNE do Centro de Acolhimento Foto: João Cunha/RR
Raquel Kritinas, coordenadora do CNE do Centro de Acolhimento Foto: João Cunha/RR
A preparação dos kits de voluntário da JMJ  Foto: João Cunha/RR
A preparação dos kits de voluntário da JMJ Foto: João Cunha/RR
Preparação dos kits de voluntário para a JMJ  Foto: João Cunha/RR
Preparação dos kits de voluntário para a JMJ Foto: João Cunha/RR
Kits para os voluntários da JMJ  Foto: João Cunha/RR
Kits para os voluntários da JMJ Foto: João Cunha/RR

De mochila da Conferência Episcopal da Colômbia às costas, Manolo Castro também está a recolher o seu kit de voluntário.

De olhos vermelhos próprios de quem não dormiu, porque chegou de madrugada a Lisboa e veio direto para o Centro de Acolhimento, o delegado da conferência de bispos colombianos prepara-se para acompanhar os cerca de 2 mil conterrâneos e diz acreditar que esta JMJ vai ser especial.

"Porque voltamos a encontrarmo-nos depois de sofrermos uma pandemia. Depois de tantos terem caído nesta batalha, há que entregar tudo a Deus. Esta juventude, esta nova oportunidade de vida que nos deu. E pedir pela nossa Igreja Católica, para que nos una pela resiliência e pelo perdão, desde o caminho do Sinodo a que nos convidou o Papa Francisco. Que nos possa unir na misericórdia e na unidade de Deus."

Para Manolo, o voluntariado tem sido um caminho graças à via pastoral. "Já é a sexta jornada como voluntário, e tive oportunidade de acompanhar outras experiências. O meu serviço e a minha entrega total à Igreja, servindo nas Jornadas, foi o que mais marcou o meu caminho."

O costa-riquenho Russ Lay também já esteve noutra Jornada Mundial da Juventude no Panamá, em 2019. "Participei enquanto jovem e agora queria ser voluntário, para que outros pudessem ter a experiência que eu tive", explica, enquanto coloca ao pescoço a fita com a acreditação que acabou de receber.

A argentina Valentina Fernandez, voluntária da JMJ  Foto: João Cunha/RR
A argentina Valentina Fernandez, voluntária da JMJ Foto: João Cunha/RR
A argentina Valentina Fernandez, voluntária da JMJ  Foto: João Cunha/RR
A argentina Valentina Fernandez, voluntária da JMJ Foto: João Cunha/RR

A subir as escadas de acesso à tenda está também a argentina Valentina Fernandez. Chegou à uma da manhã a Lisboa e veio a pé do aeroporto, pela cidade, para fazer tempo, já que o Centro de Acolhimento só abria às 8h.

Aproxima-se da bancada onde, do lado de lá, lhe entregam o kit de voluntária. Pega na mochila, levanta-a no ar e começa a chorar compulsivamente.

"É muito emocionante para mim cá estar", diz enquanto limpa as lágrimas. "Estou muito longe de casa, graças ao esforço de muitos amigos e família, que fazem com que seja possível aqui estar. É por isso que é muito emocionante para mim.”

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