23 jul, 2023 - 10:00 • Isabel Pacheco
São sete mil peregrinos que participam nos Dias nas Dioceses (DND) na arquidiocese de Braga. Chegam de 26 países dos cinco continentes até aos 14 arciprestados para “um tempo de partilha e de intercâmbio a todos os níveis”, explicou o Cónego Avelino Amorim do Comité Organizador Diocesano (COD) da JMJ em Braga durante a conferência de imprensa esta quarta-feira.
Trata-se, sobretudo, de “uma experiência de partilha de fé”, acrescentou. “É uma forma de os jovens viverem juntos esta última etapa para o grande encontro cm Jesus Cristo que o Papa Francisco nos lançou como desafio”, resumiu o responsável.
Os participantes vão ficar alojados em instituições, espaços públicos e na casa de 1300 famílias que se disponibilizaram para acolher peregrinos. Mas “teríamos famílias para acolher muitos mais”, ressalvou o Cónego Avelino Amorim.
“O critério era que estivéssemos em todos os arciprestados e no maior número de comunidades, preferencialmente, em famílias e conseguimos. Temos 1300 famílias que acolhem, mas inscritas tínhamos muitas mais”, frisou.
Cada arciprestado tem o seu próprio programa de acolhimento dos jovens. Juntam-se todos no dia 30 numa celebração de acolhimento na Avenida Central em Braga.
O apelo é para uma “grande festa de fé”. O convite, frisou o responsável, “não é só para os jovens, mas para todas as comunidades”.
Aos sete mil peregrinos, sobretudo, espanhóis e franceses, juntam-se cinco mil jovens bracarenses que vão participar na JMJ e 1200 voluntários. Todos participam nos DND que não deixam de lado a preocupação com a sustentabilidade.
“Todas as credenciais dos peregrinos têm um QRC com acesso a toda a informação de forma evitar que tenhamos de imprimir os programas e, assim, reduzir o consumo. Nos kits que vamos distribuir também reduzimos ao máximo o consumo de plástico”, revelou Fernando Meira do COD.
Para o Arcebispo de Braga, D. José Cordeiro, a JMJ e o encontro de jovens que antecede o evento representa uma “experiência única e irrepetível” e um dos “maiores desafios” para a Igreja portuguesa.
“É um dos maiores desafios, senão, mesmo, o maior, que se coloca à Igreja presente em Portugal e na arquidiocese de Braga”, considerou D. José Cordeiro.
Não só pelo que foi “a preparação e a peregrinação dos símbolos da JMJ que superou as expectativas na Arquidiocese”, mas também “pelo que vão ser estes últimos dias do mês de julho e, depois, a nossa participação em agosto em Lisboa”, frisou.
Uma experiência de participação na JMJ que se pretende “enriquecedora e marcante”, resumiu do Arcebispo de Braga que recordou um episódio após a participação na Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, em 2013.
“Há um ano ia a caminho de Roma. Estava em Lisboa a entrar para o avião e veio um jovem ter comigo que disse: “Não me conhece, mas lembro-me de si na catequese na minha paróquia de Santa Teresinha no Rio de Janeiro. Quero-lhe dizer que hoje sou padre carmelita e foi ali que tomei a decisão”, contou.
A arquidiocese de Braga é uma das 17 dioceses do país que se prepara para receber jovens de todo o mundo nos DND, a caminho da Jornada Mundial da Juventude.