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JMJ. Da montanha mais alta de Portugal sai um pacto para cuidar da "Casa Comum"

25 jul, 2023 - 10:19 • Olímpia Mairos

Jovens açorianos enviados à JMJ a partir da Montanha do Pico assumem-se comprometidos com a Humanidade na defesa da “Casa Comum”.

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O dia amanheceu na montanha mais alta de Portugal - a Montanha do Pico - para cerca de uma centena de jovens das várias ilhas do arquipélago dos Açores que se prepara para rumar a Lisboa, para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). O contigente de jovens açorianos será de 900 elementos.

Subir à montanha não é fácil. Exige vontade, resiliência e algum treino em trilhos de grande dificuldade. Por isso, meia dúzia de pessoas, apesar de terem tentado, viu-se foçada a desistir e voltar para trás.

Os que desistiram não puderam participar na primeira celebração da eucaristia realizada até hoje a 2.531 metros de altitude, presidida pelo bispo de Angra, D. Armando Esteves Domingues, mas estiveram em comunhão neste envio de todos os jovens dos Açores à Jornada Mundial da Juventude.

Já na segunda-feira à noite, pelas 22h00, os jovens participaram nas suas ilhas na celebração da eucaristia e comprometeram-se com o “Pacto da Montanha”.

“Comprometidos com a humanidade, caminharemos unidos e cuidaremos a criação”, assumiram os jovens, comprometendo-se, assim, a “viver com urgência” a “proteção, o cuidado e a dignificação” da Casa Comum “que é uma obra prima de Deus”.

“Aceitando o desafio de cuidarmos, protegermos e dignificarmos esta Casa Comum que nos é dado habitar; Afirmando a necessidade que temos uns dos outros e da responsabilidade para com os outros e para com o mundo; Sabendo que somos a mesma terra e que só caminhando juntos e unidos podemos vencer os desafios que se colocam no hoje da nossa história”, lê-se no documento assinado.

Os jovens reconhecem e assumiram que “nada neste mundo” lhes “é indiferente”, que são “a mesma e única humanidade e que, com toda a criação”, formam “uma família universal”

Aceitando, por isso, o desafio de cuidarem, protegerem e dignificarem “esta Casa Comum que nos é dado habitar” afirmaram “a necessidade que temos uns dos outros e da responsabilidade para com os outros e para com o mundo”.

“Sabendo que somos a mesma terra e que só caminhando juntos e unidos podemos vencer os desafios que se colocam no hoje da nossa história; Assumimos e afirmamos que, “comprometidos com a humanidade, caminharemos unidos e cuidaremos da Criação”.

Conheça o pacto assinado pelos jovens

• Reconhecer Deus como o grande Autor desta obra de arte que é a Criação;

• Amar esta terra e esta humanidade, com todos os seus seres e elementos;

• Viver comprometidos com a humanidade, promovendo o seu ser família universal;

• Caminhar unidos, valorizando o bom e o belo de cada ser vivo;

• Dizer “não”, evitar e combater a poluição, os resíduos e a cultura do descarte, a perda da biodiversidade, a deteriorização da qualidade da vida humana e a degradação social e lutar contra a desigualdade planetária.

• Promover uma verdadeira ecologia integral através de um contínuo processo de conversão ecológica, apontando para outro estilo de vida e vivendo uma aliança entre a humanidade e o ambiente;

• Dispormo-nos, à luz da fé e da sabedoria que nos vem das narrações bíblicas, a descobrir a mensagem de cada criatura na harmonia de toda a criação;

• Desejar, procurar e viver a comunhão universal;

• Sentir que precisamos uns dos outros e que temos uma responsabilidade para com os outros e o mundo;

• Acolher, aceitar, respeitar e amar cada pessoa como imagem viva de Jesus Cristo.

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