26 jul, 2023 - 15:44 • Liliana Monteiro , Isabel Pacheco
Os 150 confessionários que vão estar instaladas no Parque do Perdão, em Belém durante a Jornada Mundial da Juventude foram construídos por reclusos dos estabelecimentos de Paços de Ferreira, Porto e Coimbra.
De visita ao local, a ministra da justiça, Catarina Sarmento e Castro destacou, esta quarta-feira, a iniciativa, que surgiu em resposta ao apelo do Papa Francisco, como uma forma importante de intervenção na JMJ por quem não pode participar diretamente no evento.
“Construímos estes confessionários dentro dos estabelecimentos prisionais e isto é uma medida de reinserção porque ajuda ao trabalho para as pessoas em situação de reclusão”, explicou a ministra da Justiça.
“Foi uma iniciativa da JMJ no seguimento do que tem sido o pontificado do Papa Francisco de dar atenção aos reclusos e chamar a sociedade civil para ajudar na reinserção social”, acrescentou.
Os 150 confessionários foram construídos com recurso a materiais fornecidos pela organização da JMJ que pagou pelo trabalho.
O presidente da Fundação JMJ, D. Américo Aguiar agradeceu a todos os que colaboraram, acima de tudo, “aos homens que construíram os confessionários na limitação da sua liberdade”.
“Nesse tempo especial de suas vidas em que cumprem uma pena em razão de algum momento difícil de suas vidas. Mas, também, acreditamos que o sistema quer ajudá-los a serem melhores pessoas”, referiu o prelado de Lisboa que lembrou, ainda, que o Parque do Perdão vai estar aberto a todos os que pretendam confessar-se durante o evento.
“É de acesso livre. Não há pré-inscrição. Durante a semana vamos ter o acesso que acontecerá da vontade e da liberdade de qualquer peregrino ou cidadão que, ao passar pelo parque do Perdão, se queira abeirar do sacramento da reconciliação”.