29 jul, 2023 - 13:49 • Ecclesia
O bispo do Porto, D. manuel Linda, pediu este sábado aos 61 mil jovens, que se juntaram no Parque da Cidade para encerrar os Dias na Diocese (DND), que sejam “influencers”, “sonhadores” e “construtores de um mundo novo”.
“Amigos, chegamos aqui de diferentes nações, culturas, geografias e condições, para cumprirmos a profecia de Isaías (de que falava a primeira leitura) e juntos sonharmos o sonho de Deus, a construção de um mundo novo. Vamos a isso? Não fomos nós que escolhemos a fé. Foi Deus que nos escolheu a nós. E isso é desafiante!”, incitou D. Manuel Linda, na celebração que encerra os DND, na diocese do Porto.
A diocese do Porto recebeu cerca de 61 mil jovens que quiseram viver os Dias nas Dioceses naquela geografia, com atividades culturais, sociais, gastronómicas e espirituais como preparação para a JMJ Lisboa 2023, que se vai realizar entre os dias 1 e 6 de agosto.
“Partiremos daqui com a missão de irmos ao encontro de todos. Não só de alguns, mas de todos! Foi assim que Jesus no-lo disse no-lo ensinou. Não com leis e preceitos. Mas com o exemplo de um coração acolhedor, amigo, misericordioso, abraçador da totalidade da vida e da história”, sublinhou.
D. Manuel Linda pediu aos jovens que possam ser “influencers” e que quando regressarem às suas “terras e pátrias” possam dar conta de “um país simpático e acolhedor, de nome Portugal”.
O bispo do Porto quis ainda apresentar, como modelo de vida, a Patrona da Diocese, a Irmã Maria do Divino Coração, de seu nome Maria Anna Johanna Franziska Theresia Antonia Huberta Droste zu Vischering.
O responsável recordou que a religiosa, tendo nascido “em berço de ouro”, quis que “todos se dessem conta do amor de Deus”.
“Esta senhora poder-se-ia ter afogado no materialismo. Tinha muito para disfrutar. Não obstante, desde bem novinha, nunca a matéria ofuscou a ânsia do espiritual. Ligou-se a uma família religiosa cuja atividade mais marcante era a reintegração na sociedade das mulheres e crianças vítimas de maus-tratos, violência e pobreza. Não se limitou, portanto, a criticar o mundo: empenhou-se nele! Como diria o Papa Francisco, não ficou na janela a ver passar o cortejo da miséria social, mas desceu à rua para se inserir nele e dar a mão a muitos”, sugeriu.
D. Manuel Linda convidou ainda, a partir do exemplo da patrona da diocese, a que os jovens contestem “hábitos instalados” e ponham “metas elevadas” fazendo “barulho”, como pede o Papa Francisco.